MOVIMENTO CONTRA BARRAGENS ESTEVE ONTEM NA CAMARA DE VEREADORES DE ITAITUBA
Como
parte das atividades do Seminário, os participantes do
MAB, Ifizeram uma
intervenção na seção ordinária da Câmara Municipal de Itaituba com o
objetivo de divulgar o debate realizado. Depois de muita pressão contra a
mesa diretora que queria dificultar o acesso dos manifestantes a
tribuna, os militantes utilizaram o tempo conquistado para denunciar a
violação de direitos por parte das empresas que querem fazer as
barragens, falaram em defesa das comunidades tradicionais e dos povos
indígenas e reafirmaram que é preciso exercer o direito de dizer NÃO às
barragens e lutar por outro modelo de desenvolvimento sem
hidrelétricas.
Mab ocupou plenária e conseguiu seu objetivo |
O
MABI interrompeu o discurso do vereador Isaac Dias, que não conseguiu
concluí-lo já que estava no momento fazendo critica a gestão do ex
prefeito Valmir Clímaco. No impasse toda vez que um vereador falava os
manifestantes gritavam palavras de ordem. O presidente da Câmara tentou
contornar, propôs que fosse usada a tribuna pelo MAB na sessão
seguinte, mas não agüentando a pressão consultou os líderes de partidos
que concordaram em ceder seus tempos a que teriam direito.
Manifestantes interromperam sessão exigindo a palavra na Tribuna |
Três
vereadores abriam mão e o Movimento pelos atingidos pelas barragens
ganhou trinta minutos, que foram divididos entre as lideranças
presentes.
Entre os muitos que falaram na tribuna esteve Juarez Saw, cacique da
Aldeia Sawre Muy Bu, que falou em nome do povo Munduruku afirmando que
“do alto ao baixo Tapajós seu povo diz não a construção de barragens e
que estão dispostos a entrar em guerra para defender nosso território”.
Para ele é preciso também fortalecer a parceria com outras entidades
“para a resistência ficar mais forte”.
Para
Cleidiane Santos, da direção nacional MAB, este foi um importante
momento de mobilização e luta contra estes grandes projetos na região.
“Queremos reunir a população do campo e da cidade em toda a região para
fazer a resistência e construir coletivamente uma alternativa a este
desenvolvimento que vem com muitas promessas e no final deixa apenas um
rastro de destruição e de riqueza para poucos. Hoje foi apenas mais um
passo na luta do povo que crescerá a cada dia”, afirmou.
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