Cupijó: criador e maior entusiasta do novo Siriá
O sentido literal da palavra mestre, segundo a Língua Portuguesa, é instrutor, educador, chefe, guia e artesão. Para ritmos folclóricos e populares como o Siriá, música surgida através dos negros e índios de Cametá, no nordeste do Pará, mestre tem um quê a mais do que esses significados. É o compositor, o músico, o cantor e, sobretudo, o divulgador de um ritmo que sobrevive aos séculos esbanjando alegria e amor às nossas raízes. No Siriá, quem sustenta o posto máximo é um advogado de jeito calmo e modesto, Joaquim Maria Dias de Castro, 74, ou para ser exato o mestre Cupijó, considerado o re-inventor do Siriá e responsável por torná-lo conhecido Brasil e mundo afora. Distante dos holofotes que um artista responsável por tantos feitos poderia desfrutar, o mestre Cupijó ainda vive na pacata Cametá e tem como quintal o imenso rio Tocantins, que lhe inspirou a realização de tantos trabalhos musicais. Antes de mergulhar em um pouco da história desse artista, é preciso esclarecer que Cupijó é