Grande Quarentinha
O garoto passa pela “peneirada” (seleção) com outras centenas de meninos, é reprovado e vai tentar a sorte em outro clube. No arquir-rival é aprovado nos testes, começa pelas categorias de base, chega ao profissional e, como um chute à queima-roupa, se torna o carrasco do time que o reprovou anos antes. A história é real e é o ponta-pé inicial no jogo da vida de muitos craques, como Garrincha, que foi recusado por Fluminense, Vasco e Flamengo, antes de se tornar o “Anjo das Pernas Tortas” no Botafogo. No Pará, um dos replays mais lamentados até hoje, no caso pelo Clube do Remo, envolveu o franzino Paulo Benedito Santos Braga. Em meados dos anos 50, o menino esteve no clube de Antônio Baena, fez testes durante um mês, mas foi jogado para escanteio. Colocou o par de chuteiras debaixo do braço, fez a clássica travessia da Almirante Barroso e bateu no portão do estádio Leônidas Castro, a Curuzu. Acolhido pelo Paysandu, se destacou no time sub-20 e, tempos