Bahia abre fábrica de Aedes transgênico
Uma nova fábrica, inaugurada hoje em Juazeiro (BA), vai ampliar em oito vezes a produção nacional do mosquito transgênico da dengue. Esse pode ser mais um passo para expandir, no país, uma tecnologia que reduz a circulação do Aedes aegypti. Os machos do mosquito são modificados para transmitir genes letais à sua prole. O Aedes acaba morrendo ainda na fase de larva, diminuindo a população do mosquito, que é vetor da dengue. Até aqui, 500 mil A. aegypti eram "fabricados" por semana e soltos em bairros de Juazeiro por pesquisadores da Moscamed (organização social ligada aos governos federal e da Bahia) e da USP. Segundo os cientistas, essa experiência já é a mais ampla no mundo com os Aedes transgênicos, testados em menores proporções nas Ilhas Cayman e na Malásia. A ideia agora é aumentar a produção nacional para 4 milhões semanais e soltá-los largamente em Jacobina (BA), cidade de 79 mil habitantes, possivelmente em setembro -antes da multiplicação