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Mostrando postagens de novembro 13, 2011

Moradores de Santarém ouvidos pelo G1 apoiam separação do Pará

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Qualidade do atendimento na saúde é uma das principais reclamações. Paraenses vão às urnas em 11 de dezembro para votar em plebiscito. A vida dos moradores das comunidades de Santarém, cotada para ser a capital de Tapajós caso a divisão do estado do Pará seja aprovada em plebiscito no dia 11 de dezembro, gira em torno dos rios Tapajós e Amazonas. É deles que os moradores tiram o sustento e onde passam a maior parte do tempo, pois as viagens de barco duram entre 5 e 20 horas. O G1 percorreu o Pará por dez dias para ouvir o que o povo pensa sobre a possível separação. “É claro que vamos conseguir nos separar. Assim vamos ficar independentes de Belém. Hoje, tudo que se faz aqui precisa de uma autorização de lá. Se dividir muita coisa vai melhorar, porque vai ser resolvido tudo aqui, principalmente na parte de saúde. Nesta região, nada presta. Não presta saúde, comunicação, estradas”, afirma o agricultor Bazinho Nobre, que viaja 17 horas de barco de Lago Grande para Santa

Um Pará já dividido antes do plebiscito

A desinformação arma os espíritos contrários e favoráveis à divisão do Pará. O ânimo político que toma conta dos dois lados e começa a apimentar o debate no rádio e na TV, durante o horário eleitoral, esquece o fato relevante: literalmente o Pará já está dividido e quem manda no pedaço maior do território não é o governante estadual de plantão, mas a União Federal. Dois decretos criminosos, criados pela ditadura militar de 1964 - mas revogados em novembro de 1987, ou seja, há 24 anos - continuam a lançar seus sombrios efeitos sobre o “colosso tão belo e tão forte”, exaltado nos versos inocentes de nosso hino. Em números reais, o Pará tem o domínio de apenas 16% de sua base física fundiária. Os outros 84% estão sob tutela do governo federal, que abocanha nossos impostos com a voracidade de um tubarão insaciável e nos devolve em migalhas obras e serviços na velocidade de uma tartaruga. O pacto