Brasil confronta a Itália ainda sem o estilo Felipão

Ainda não será hoje que a seleção brasileira vai exibir seu estilo definitivo sob o comando de Luiz Felipe Scolari. O Brasil enfrenta a Itália em amistoso em Genebra hoje, às 16h30 (de Brasília), no segundo jogo desde que o treinador reassumiu o time.

	Luiz Felipe Scolari conversa com Neumar e é observado por Fred

Felipão afirmou ontem que só na Copa das Confederações vai ter um grupo fechado. "Aí, sim, poderei definir o estilo em que vamos jogar".
Em 6 de fevereiro, quando o Brasil perdeu de 1 a 0 para a Inglaterra em Londres, o treinador havia projetado "um trabalho melhor" para março, quando teria quase dez dias reunido com a seleção.
O duelo ante os italianos será o penúltimo com a seleção completa antes da convocação para o torneio, que ocorre de 15 a 30 de junho.
O último será contra a Rússia, na segunda, em Londres. Felipão pôde fazer dois treinos antes do jogo contra a Itália, nos quais definiu um time ousado, com três atacantes --Hulk, Fred e Neymar.
As maiores mudanças estão no meio de campo. Os volantes Fernando e Hernanes estreiam com o treinador nas vagas que, em Londres, foram de Ramires e Paulinho, agora cortados por lesão.
Kaká, jogador mais experiente desta seleção (107 convocações, 83 partidas) ficará no banco hoje. "Vai entrar no decorrer da partida", disse o técnico. E deve voltar a ser titular contra a Rússia. "Quero que ele mostre seu potencial, sua qualidade", completou.
O clássico de hoje, que envolve o maior número de títulos mundiais (cinco do Brasil, quatro da Itália), serve ainda para a seleção brasileira tentar quebrar uma escrita e manter outra.
O Brasil não vence um campeão mundial desde 2009, quando bateu a Inglaterra por 1 a 0, ainda sob o comando do técnico Dunga.
Com Mano, a seleção perdeu para Argentina, França e Alemanha; com Felipão, caiu ante os ingleses na estreia do pentacampeão.
"Quem se preocupa com esse tipo de coisa somos nós, da comissão técnica, jogador não quer nem saber quem é o adversário", disse Felipão.
Por outro lado, o Brasil não perde para a Itália desde a Copa de 1982, quando a seleção de Telê Santana foi varrida do Mundial por Paolo Rossi, em um dos mais traumatizantes episódios do Brasil em Copas.
Desde então, foram cinco partidas: três vitórias brasileiras, dois empates, dez gols do Brasil e três da Itália.
O time da CBF está em 18º lugar no ranking da Fifa, enquanto o rival de hoje é o 5º.
O técnico Cesare Prandelli não vê nenhuma vantagem. "Eles estão com um novo técnico, uma nova mentalidade, reconstruindo uma maneira de jogar. Mas eu? Favorito contra o Brasil? Nunca iria tão longe. Vai ser um jogo duro", declarou o treinador.
NA TV
Brasil x Itália
16h30 Globo e SporTV
Fonte: Folha de São Paulo