Trecho da Norte-Sul será 1º ferrovia a ser licitada no plano de concessões

A ferrovia ligando Açailândia (MA) a Belém (PA) foi escolhida como a primeira ser licitada no plano de concessões do governo federal.
O presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), Bernardo Figueiredo, estatal responsável pelos estudos das concessões do setor de transportes, afirmou nesta segunda-feira que na próxima semana serão lançados os estudos desse trecho, que é o prolongamento da Ferrovia Norte Sul do Maranhão em direção à capital do Pará.
Esse será o primeiro dos 12 trechos anunciados que vão para licitação. Segundo ele, o trecho será usado como teste para saber a reação do mercado ao novo modelo de concessões que o governo pretende implantar no sistema ferroviário.
O modelo anterior, licitado na década de 1990, era uma concessão em que o concessionário explorava com exclusividade o trecho sob sua responsabilidade.
O novo modelo, criado pelo governo no pacote do ano passado, prevê que o concessionário venderá toda a capacidade de transporte da ferrovia para a Valec, uma estatal, e que essa empresa pública oferecerá no mercado aos clientes os horários para passarem com seus comboios pelo trecho.
"Vamos fazer um piloto", disse Figueiredo.
O trecho de Açailândia a Belém é considerado um dos mais importantes da Ferrovia Norte Sul. Isso porque a capacidade do Porto de Itaqui, no Maranhão, onde hoje a ferrovia termina, é considerada baixa para a quantidade de cargas que essa ferrovia poderá potencialmente transportar quando estiver pronta.
"Com essa ferrovia queremos criar uma opção de saída pelo norte para atender à demanda da região centro-oeste", disse Bernardo após sair de uma apresentação no Itamaraty do programa a representantes de embaixadas no Brasil.
Em relação ao pacote de rodovias, Bernardo afirmou que em abril deverão ser publicados os editais de licitação de 7 dos nove trechos previstos nas concessões do governo. Os outros dois, as BR-116 e BR-040, em Minas Gerais, deverão ter seus editais publicados somente em maio.
Segundo ele, estas duas rodovias mineiras vão precisar de ajustes após o leilão delas ter sido adiado em janeiro devido a problemas de estimativas do governo.
"Nossa projeção foi muito otimista. Agora vamos fazer uma projeção realista", afirmou.

Fonte: Folha de São Paulo

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