SÓ FALTA COSANPA EM ITAITUBA: Cosanpa fecha lava jatos em Belém

Água tratada pela Cosanpa é usada para lavar veículos

De acordo com a Lei 6.929, de 12 de Dezembro de 2006, postos de combustíveis e empresas de lavagem estão proibidos de utilizar água da Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará) para lavar veículos. A determinação é que seja usada somente água captada de poços artesianos, mas, na prática, a legislação é respeitada por pouquíssimos proprietários. Desde a semana passada, equipes de uma das regionais da Cosanpa realizam trabalho de fiscalização e desligamento em diversos estabelecimentos de bairros como Jurunas, Guamá, Condor e Batista Campos. Dos cerca de 58 lava jatos vistoriados, menos dez possuíam poço. Ontem, 14 foram fechados.

Segundo Norma Costa, coordenadora executiva da Unisul (Unidade de Negócios Sul) da Cosanpa, quatro equipes atuaram ontem pela manhã, visando principalmente lava jatos irregulares que já haviam sido desativados antes. “As pessoas precisam tomar consciência de que a utilização dessa água causa um prejuízo incalculável pra Cosanpa e pra toda população. A água tratada possui componentes próprios, ela não deve ser desperdiçada com este tipo de atividade”, explica.

A multa para os proprietários de lava jatos flagrados atuando irregularmente pode chegar até cinco salários mínimos. “No caso dos estabelecimentos que já foram desativados antes, os donos precisam quitar o débito de todas as faturas que deixaram de pagar. Além disso, nós vamos registrar um boletim de ocorrência porque isso constitui furto de água”, afirma a coordenadora executiva.

Os trabalhos de fiscalização e mapeamento devem ser retomados esta semana pela Unisul. Esta Unidade de Negócios é responsável por 14 bairros, além de partes do Marco, Terra Firme e Pedreira. A intenção é, posteriormente, estender as atividades para bairros periféricos da cidade, através de outras regionais, e coibir as práticas ilegais. Hoje, nem mesmo a Cosanpa consegue estimar quantos lava jatos irregulares existem na capital.

Um dos estabelecimentos fechados, localizado na travessa Rui Barbosa, entre Parinquins e Mundurucus, pertence a Thiago Alves. “A gente tem consciência de que não podia tá funcionando com água da Cosanpa, mas eu acho que eu deveria ter sido pelo menos notificado antes”, pondera o proprietário. O lava jato de Thiago já havia sido fechado em 2007, no entanto, ele alega que adquiriu o estabelecimento há apenas seis meses. Para voltar a funcionar e quitar as dívidas, Thiago já decidiu o que irá fazer. “Agora é construir o poço e voltar a trabalhar”, completa. (Diário do Pará)