Calazar: bebê morreu 1 hora antes de ser transferido


Criança estava internada há duas semanas no Hospital Municipal. Transferência seria para o Hospital Regional.

Santarém - A direção do Hospital Municipal de Santarém informou que a menina Thayla Cristina, de 7 meses, que morreu vítima de calazar, na tarde de sexta-feira (1), seria transferida para o Hospital Regional do Baixo Amazonas, que é referência em tratamentos de média e alta complexidade. A transferência seria às 18 horas de sexta-feira, mas a criança morreu às 17 horas.

A família contesta e acredita que houve demora na tomada de decisão. “Já foram conseguir o negócio lá na UTI depois que ela morreu (...). Disseram para ela ir lá pra UTI, mas ela não tinha mais jeito”, lamentou a tia da criança, Ana Raquel Castelo, que acompanhou a menina durante os 15 dias de internação.

A direção do Hospital Municipal explicou que a solicitação de transferência obedeceu aos critérios médicos. “A parte médica faz toda a parte de análise da criança. A partir do momento que eles identificaram a necessidade da transferência dessa criança para o Regional [hospital], veio junto à administração [do Hospital Municipal] e fez uma demanda a ser solicitada ao Regional. Nossa técnica responsável fez a solicitação via fax, o Regional deu o deferimento e ficou acordado que a transferência dela seria à noite”, explicou o diretor do Hospital Municipal de Santarém, Gleyton Rodrigues.

Thayla Cristina é a primeira vítima de calazar humano em Santarém, neste ano. Mas a segunda desde 2010, quando um adolescente de 13 anos morreu vítima da mesma doença e no mesmo bairro onde a criança morava: Aeroporto Velho. Segundo o Centro de Controle de Zoonoses, o local é considerado uma área endêmica.

Os moradores do bairro dizem que é necessária uma ação emergencial para impedir que outras pessoas também sejam vítimas. “Nosso bairro precisa ser dedetizado”, afirma o morador Jonas Ferreira.

Redação Notapajos

 

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