Brasil quer contratar médicos do exterior para atuarem na Amazônia

Estratégia tenta suprir escassez de especialidades médicas

O senador e líder do Governo Federal no Senado, Eduardo Braga (PMDB), disse, na manhã deste sábado (2), em entrevista ao G1, que o Governo Federal estuda a contratação de médicos estrangeiros para atuar no interior da região Amazônica. O parlamentar comentou ainda sobre a eleição de Renan Calheiros para a presidência do Senado e assumiu voto no peemedebista. "Nós na Amazônia temos grandes e graves carências de médicos especialistas no interior da nossa região. Não temos ginecologistas, ortopedistas, pediatras, obstetras, neurocirurgiões, anestesistas, enfim, faltam médicos especialistas no interior, e falta porque não há no país. Não adianta colocarmos salários de até R$ 25 mil porque esses médicos ganham isso ou quase isso em outras cidades e preferem morar em Ipanema do que em Tabatinga, por exemplo", disse o senador ao G1. Segundo ele, a ideia está sendo estudada pela presidente Dilma Roussef, que já traça estratégias para que esses especialistas venham trabalhar no Brasil. "A presidente Dilma tem estudado com afinco a possibilidade de o Brasil aproveitar este momento econômico mundial para trazer médicos de Portugal, da Espanha, Cuba, Colômbia, Peru, Bolívia, que queiram vir trabalhar no interior do Brasil, concedendo a eles um CRM provisório por dois anos e estabelecendo uma bolsa de ajuda aos municípios que eles tenham condições de pagar esses médicos", completou Braga. Eduardo Braga acredita que a estratégia de trazer médicos é necessária, pois o Brasil não pode formar médicos o suficiente para suprir a necessidade do país. "Não é um tema fácil porque tem a reação do Conselho Federal de Medicina, mas em contrapartida, nós não formaremos médicos para atender a nossa demanda nem daqui a 15 anos. Portanto, a única maneira de diminuir a dor e o sofrimento do nosso povo é nós trazermos esses especialistas de fora", enfatizou. O líder do Governo no Senado falou ainda da estratégia para manter os médicos nas localidades para onde eles forem designados. "E temos que dar um CRM provisório, porque se ele sair de Tabatinga, por exemplo, nós temos que cancelar o CRM dele, se não ele pode vir pra Manaus ou ir pra qualquer cidade que não tem problema de falta de especialistas. Isso são mecanismos para fazer com que eles venham para atender em regiões onde nós temos extremadas carências", explicou.
 Fonte: G1/Amazonas

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Falso dentista é preso em Santarém

DESPERDIÇO DE DINHEIRO PÚBLICO EM ITAITUBA.