MORREU MEU GRANDE AMIGO BETINHO



CONVIVI COM ERIBERTO SANTOS DESDE 1974 QUANDO CHEGUEI AINDA MOLEQUE PARA TRABALHAR NO DEPARTAMENTO DE ESPORTES DA RADIO RURAL DE SANTARÉM, SEU SETOR DE TRABALHO O DE RADIO JORNALISMO ERA LIGADO AO NOSSO E TODOS OS DIAS ESTAVANOS JUNTOS.
EU(LAMBERTO DE CARVALHO), OLÍMPIO GUARANY, OSVALDO DE ANDRADE, CLAUDIO SERIQUE, JOTA NOGUEIRA, E BEM ENFRENTE DO NOSSO DEPARTAMENTO FICAVA O DE MEU PRIMEIRO GERENTE NA RADIO RURAL, O SAUDOSO HAROLDO SENA, DEPOIS ASSUMIU MEU GRANDE AMIGO E PROFESSOR MANOEL DUTRA.
NA SALA DO DEPARTAMENTO DE RADIO JORNALISMO ALÉM DE BETINHO(ERIBERTO SANTOS), TINHAMOS A COMPANHIA DE NOSSA QUERIDA TEREZINHA PANTOJA.
ESSA CONVIVENCIA FOI POR MUITOS ANOS.
MUITAS VEZES CHEGUEI A PARTICIPAR DO PROGRAMA QUE FOI UM DOS DE MAIOR AUDIENCIA DA NOSSA RADIO RURAL, O  NOSSA SERENATA, QUE ERA A CARA DE ERIBERTO SANTOS.
DESCANCE EM PAZ MEU AMIGO ENQUANTO VIVO ESTIVER, VOCE VAI ESTAR SEMPRE COM SEU VELHO AMIGO QUE VOCE SEMPRE TRATOU POR CABO DENTINHO OU DENTE DE ARROZ.


Do jornalista Jota Ninos (foto), sobre a postagem Descanse em paz, amigo Eriberto:
 De coração para coração
Hoje estou triste: Eriberto Santos, uma figura exemplar do radiojornalismo e da cultura de Santarém se foi em corpo, mas fica em espírito. Porque as amizades são eternas.

Tenho um carinho especial por essa figura humana, com a qual convivi por muitos anos, cruzando com ele em eventos culturais e, principalmente, nos bastidores do rádio, mundo ao qual ele foi o responsável pela minha iniciação.

Foram-se os vários Santos que Eriberto representou em vida e que eu conheci, incorporados na mesma alma.

O ERIBERTO DOS FESTIVAIS DA CANÇÃO. No último que ele organizou (1980), no Cine Olympia, quando fiz minha primeira tentativa de participação, aos 17 anos, e apesar de não ter nem passado na triagem ele me parabenizou nos bastidores dizendo que a letra era bonita e que eu não desistisse de participar.

Naquele momento nem imaginávamos que num futuro seríamos colegas de profissão. No final de 1987, depois de duas outras tentativas bem mais sucedidas em festivais, cheguei a compor uma música em que fazia uma homenagem à cidade de Santarém (Estrela Matutina), por estar de malas prontas para viajar a Grécia. Nela eu citava o Eriberto numa das estrofes, que agora não lembro. Acabei nem inscrevendo a música e ainda hoje continua inédita. Não segui o conselho do mestre…;

O ERIBERTO DO RADIOJORNALISMO, com o qual aprendi os primeiros passos desta bela profissão, ele na condição de meu chefe na Rádio Rural de Santarém. Minha estreia atrapalhada como repórter na emissora (narrada em meu blog: http://goo.gl/AZGRD), se tornou uma consagração pessoal porque ele acreditou em mim e abalizou minha contratação, há quase 29 anos;

O ERIBERTO DAS SERESTAS, com sua frase inimitável: “De coração para coração”. Era o programa imperdível de todos os sábados na Rádio Rural, onde Eriberto, um eterno apaixonado, abria o espaço para os seresteiros da cidade.

O ERIBERTO DA LITERATURA. Ao publicar seu primeiro livro (“Beiradão”), me deu um e pediu que eu fizesse uma crítica sincera, pois não queria bajulação. Fiz a crítica só a ele, demonstrando coisas que achei que poderiam ter sido escritas de outra forma. O grande mestre não disse nada. Pensei que o tinha magoado.

Na última vez que nos encontramos, nos bastidores de uma sessão da ALAS, fiquei feliz de vê-lo recuperado dos problemas de saúde que vinham tirando um pouco de seu brilho. Mas mesmo com todas as limitações, mantinha o mesmo sorriso com o qual aprendemos a admirar este ser humano ímpar.

Aos familiares do meu amigo Eriberto Santos, meus sentimentos. Ao Helvécio, com o qual tenho me encontrado quase que só virtualmente, um abraço sincero, de um pupilo deste grande profissional. Ao Eriberto Santos, de coração para coração

- Coisas do rádio santareno -

Se não estou enganado, pelo menos até ao final da década de 80, o Eriberto Santos (foto), que hoje é excelente advogado e escritor, enfrentava grandes dificuldades para produzir os noticiários que iam ao ar, de hora em hora, no “Plantão de Notícias” da Rádio Rural de Santarém. Os acontecimentos nacionais e internacionais eram acompanhados por ele através de um pequeno aparelho de rádio receptor, sintonizado, preferencialmente, na Rádio Globo do Rio de Janeiro ou na PRC-5 - Rádio Clube do Pará, com qualidade de recepção bastante precária.

Parece que ainda estou vendo o Eriberto, muito atento, com fones nos ouvidos, “corujando” as notícias que eram gravadas e depois datilografadas em formulário próprio, para que os locutores pudessem divulgá-las.

Para o desempenho dessa árdua tarefa, o Eriberto dispunha de uma pequena sala ao lado da copa/cozinha, nos fundos do prédio onde funcionavam o estúdio e o escritório comercial da emissora, localizado na Travessa dos Mártires. Para tormento do dedicado redator, de vez em quando uns desocupados, integrantes da “família Rural”, se juntavam na copa para saborear o cafezinho e comentar, em voz alta, as últimas fofocas. Essas algazarras perturbavam, prejudicavam o trabalho do Eriberto, que saía do sério e aos gritos, dizia: “Porra! Parem com esta esculhambação! Eu não estou podendo escutar a Globo!”. Nem sempre era atendido..., mesmo assim, cumpria rigorosamente com as suas obrigações na hora certa.

Nos dias de hoje, felizmente, tudo está mais fácil. Para divulgar os fatos, as emissoras de rádio e televisão, e os jornais, dispõem de inúmeros e diversificados recursos tecnológicos no setor de comunicação, como a internet, o telefone celular, fax, enfim, tudo quanto é necessário para levar ao conhecimento de seus ouvintes, telespectadores e leitores, com rapidez e precisão, o que acontece em toda parte do planeta terra.

Eriberto foi um dos plantadores da semente do sucesso da nossa querida Rádio Rural. Com este registro, transmito a esse meu caro amigo, criador e apresentador do sempre lembrado e excelente programa "A nossa serenata”, um grande abraço.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Falso dentista é preso em Santarém

DESPERDIÇO DE DINHEIRO PÚBLICO EM ITAITUBA.