Não houve uma única prova do Palmeiras, diz relator após julgamento


SPFW 2012 O Palmeiras esperava ganhar na Justiça um fio de esperança em sua batalha para ficar na primeira divisão.
Não deu. Depois de duas horas de julgamento, os auditores do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) foram unânimes e, por nove votos a zero, decidiram validar a derrota por 2 a 1 dos paulistas para o Inter, no último dia 27, pela 33ª rodada.
O clube queria cancelar o jogo, afirmando que o árbitro Francisco Carlos Nascimento teve auxílio externo (o que é vetado pela Fifa) para anular o gol de mão de Barcos.
"Não houve uma única prova do Palmeiras em relação a essa interferência externa. Nada que mostrasse que o delegado da partida informou ao quarto árbitro. Não tinha imagem nem testemunhas. A arbitragem atuou de forma certa", afirmou o relator do caso, Ronaldo Botelho.
A versão palmeirense defendia que o delegado da partida, Gerson Antônio Baluta, teria alertado o quarto árbitro após consultar uma repórter da TV Bandeirantes --que não esteve no julgamento.

Ricardo Rimoli - 27.out.12/Lancepress
Encoberto por Maurício Ramos, Barcos faz o gol com a mão contra o Inter-RS, em Porto Alegre
Encoberto por Maurício Ramos, Barcos faz o gol com a mão contra o Inter-RS, em Porto Alegre
No depoimento de ontem, o árbitro reafirmou sua versão e contou que decidiu pela anulação do gol após conversar com o quarto árbitro, Jean Pierre Gonçalves Lima.
O auxiliar disse que, ao ver que Nascimento daria o gol, informou pelo rádio "que alguém de branco havia tocado a mão na bola" --o Palmeiras usou o segundo uniforme.
"Eu já imaginava que seria assim, mas sempre tenho de acreditar. Estamos defendendo nossos direitos dentro e fora de campo. Fizemos o que tinha de ser feito e sabíamos que seria bem difícil", falou o presidente Arnaldo Tirone.
O clube irá aceitar a decisão do STJD e não recorrerá à CAS (Corbe Arbitral do Espoerte) ou à Justiça comum, mas não quer mais Nascimento em suas partidas.
"Entendemos que não há a menor condição de ele e os outros integrantes de arbitragem de trabalhar em um jogo do Palmeiras", falou o diretor jurídico Piraci Oliveira.
À Folha o chefe de arbitragem da CBF, Aristeu Tavares, disse que não pensou nesta situação e que irá analisá-la na próxima semana.
O Palmeiras está a sete pontos dos primeiros times fora da zona de rebaixamento e pode cair já neste domingo, contra o Fluminense.
Fonte: Folha de São Paulo

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