Love marca no fim e determina rebaixamento do Palmeiras

Agora com 34 pontos, a equipe alviverde só chega a 40 pontos. Primeiro time fora da zona da degola, a Portuguesa já soma 41.
O Verdão esteve próximo da vitória, graças ao gol marcado por Vinícius aos 17min do segundo tempo. O Flamengo já estava com um a menos, no finalzinho, quando Vagner Love, após uma série de tentativas frustradas, teve um chute desviado por Román e venceu o goleiro Bruno.

Palmeirenses já sentiam abatimento pela queda ao fim da partida contra o Flamengo em Volta Redonda
O JOGO - Foi o Palmeiras que começou melhor em Volta Redonda. Com Artur fechando a defesa pela direita como um terceiro zagueiro, Juninho tinha liberdade para avançar pela esquerda. Mas era pela direita mesmo, no espaço deixado pelo lateral flamenguista Ramon, que estava o caminho.
Em dez minutos, o Verdão tinha aparecido bem por ali em três oportunidades. Na primeira, Barcos teve o cabeceio bloqueado após cruzamento de Maikon Leite. Na segunda, o próprio Leite bateu de fora da área. Em seguida, foi Artur quem apareceu com liberdade, em uma das viradas de jogo que iludiam facilmente a marcação rubro-negra.
O Flamengo tinha no cabeça de área Amaral o único jogador realmente eficiente no meio-campo. Renato Abreu procurava ajudá-lo, mas a saída dos donos da casa era péssima, o que ficou claro quando Ibson ofereceu chance para Tiago Real da meia-lua.
Após cerca de 20 minutos, o nervosismo alviverde começou a aparecer. Juninho, que também tinha espaço nas viradas de jogo, era o retrato do desespero, o que equilibrou as ações na metade final do primeiro tempo.
Se levou novo susto em tabela de Mazinho com Barcos, o Fla ao menos começou a chegar com perigo do outro lado. A chance mais clara foi dos cariocas, já nos acréscimos, quando Hernane acertou pela primeira vez no jogo e deixou Vagner Love em ótima posição para marcar, mas o camisa 99 bateu mal.
No intervalo, Dorival Júnior trocou o pouco eficiente Cléber Santana por Wellington Bruno e viu resultado rápido. A equipe rubro-negra passou a trocar passes com muito mais agilidade e a rondar o gol de Bruno. O Palmeiras, antes da marca dos 10 minutos da etapa final, teve de colocar Vinícius no lugar do contundido Tiago Real.

Torcida sente golpe pela queda alviverde
A troca acabou sendo boa, já que Vinícius entrou bem pela esquerda, empurrando Mazinho para o meio. O camisa 25 rapidamente fez uma boa jogada na qual os palmeirenses pediram pênalti em Barcos. Aos 17 minutos, ele arriscou de fora da área e contou com a colaboração de Paulo Victor para abrir o placar.
Aí o Flamengo partiu de vez ao ataque, oferecendo bastante espaço aos contra-ataques. Enquanto Vagner Love era vaiado pela péssima partida que fazia, Maikon Leite perdeu duas chances na cara de Paulo Victor que teriam matado o jogo.
Paulo Sérgio, que havia entrado bem, acabou sendo expulso por revidar falta de Román. E a torcida do Flamengo já parecia satisfeita em tripudiar os palmeirenses pelo gol do Bahia, péssimo para o Verdão. Aí, aos 43, Love recebeu bola longa, bateu de pé esquerdo e contou um daqueles desvios, de Román, que pode ficar marcado na história


Delegação acompanha duelo entre Portuguesa e Grêmio durante viagem de volta para São Paulo. E chega ao inferno em Itatiaia, com silêncio e lágrimas

escolta ônibus palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Ônibus do Palmeiras segue pela Via Dutra
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Em campo, o Palmeiras não conseguiu o principal objetivo: vencer o Flamengo. Empatou por 1 a 1, em Volta Redonda, e colocou o próprio destino nas mãos dos adversários. Restou ao Verdão segurar as lágrimas - de alegria ou tristeza - até o fim do jogo da Portuguesa contra o Grêmio, no Canindé. Acabada a partida no Raulino de Oliveira, o time entrou em um ônibus para percorrer a Rodovia Presidente Dutra de olho no que o destino reservava: uma estrada com um oásis no fim ou o inferno da Série B à espera em algum lugar entre Rio e São Paulo.
Após o empate, a delegação palmeirense ainda ficou em silêncio por cerca de uma hora no vestiário. Choro, só no campo, de forma modesta. Os jogadores ficaram quietos, cabisbaixos, sem reação.
- Já viram velório? Foi isso que aconteceu depois do jogo - resumiu o técnico Gilson Kleina.
O grupo caminhou para o ônibus com a expressão de quem perdeu realmente um amigo ou parente próximo. A viagem seria de muita tensão. Afinal, o time deixou o estádio às 20h, quando Portuguesa e Grêmio já se enfrentavam no Canindé, com o placar de 0 a 0. Um empate já seria suficiente para rebaixar o Palmeiras, que precisaria torcer como nunca por uma vitória dos gaúchos.
Na Via Dutra, mais silêncio. Apenas as luzes de tablets e celulares iluminavam o ambiente fúnebre. Todos acompanhavam pela internet o jogo da Lusa sem emitir qualquer som. Parecia que, se alguém falasse, algo poderia dar errado. O primeiro barulho veio quando a Portuguesa fez o primeiro gol, aos sete minutos do segundo tempo, com Moisés. Em algum lugar na estrada, entre as cidades de Barra Mansa e Resende, ainda em solo fluminense, Maurício Ramos não segurou as lágrimas. Chorou como uma criança. Caía a ficha. Em poucos minutos, não estava sozinho: outros jogadores também choraram.
Ônibus do Palmeiras na Via Dutra (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Polícia Militar do RJ escolta Palmeiras até Itatiaia (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A marretada na cabeça veio com o segundo gol da Portuguesa, aos 15 minutos, com Léo Silva. Alguns desligaram seus aparelhos eletrônicos, pois tudo estava acabado, acreditavam. Mas sempre tem alguém que não desiste, que não consegue se isolar no silêncio da estrada enquanto o destino está sendo jogado lá fora. Em um dos celulares, veio a notícia: gol do Grêmio! André Lima marcou, aos 28. A esperança se renovava. Em quatro minutos, o sentimento cresceu e se fortaleceu: gol do Grêmio! Zé Roberto, aos 32.
Será que ainda dava? O empate no Canindé seguia rebaixando o Palmeiras, mas o gol do Grêmio parecia estar tão perto. Era tudo o que o Verdão precisava. Apesar de carregado de tensão, o ambiente voltou a ficar silencioso. Sabe aquela sensação de que, se alguém falar, tudo desanda? Ela havia retornado. Enquanto isso, a Polícia Militar do Rio, que fazia a escolta do ônibus, se despedia aos poucos dos palmeirenses. Alguns carros ainda seguiriam até o posto de pedágio que marca a divisa entre Rio e São Paulo. Era a hora de a Polícia Rodoviária assumir o restante do trajeto.
Minutos de sofrimento. Vai dar, não vai dar. Não deu. O árbitro apitou o fim da partida às 21 horas e 22 minutos, com 47 minutos de segundo tempo. O 2 a 2 estampou os celulares e tablets palmeirenses. As lágrimas já haviam se esgotado, apenas a tristeza profunda era companheira de viagem de cada um naquele ônibus. E, na altura de Itatiaia, no quilômetro 322 da Via Dutra, a 15 km de alcançar a divisa com o estado de São Paulo, o Palmeiras chegou ao inferno.
Fonte: Gazeta Esportiva e G1

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