Verdão perde, aproxima Timbu da salvação e se afunda rumo à Série B

O Palmeiras mostrou neste domingo, em Pernambuco, que não consegue se desviar do caminho que o aproxima da segunda divisão do Campeonato Brasileiro. No estádio dos Aflitos, a equipe perdeu por 1 a 0 para o Náutico, deixando o time recifense mais longe do rebaixamento e ficando mais perto da queda.
Estacionado na antepenúltima colocação, com 26 pontos, o Verdão só não teve sua situação mais complicada porque o Bahia perdeu do Coritiba, mantendo a distância dos paulistas para o primeiro clube fora da zona de rebaixamento em nove pontos. Na próxima rodada, a equipe de Gilson Kleina enfrenta os baianos em Salvador, na quarta-feira.
Para se salvar, nas contas de Kleina, o Palmeiras precisaria vencer seis dos oito jogos que restam no Brasileiro. Já o Náutico, com a vitória deste domingo, atingiu 40 pontos, abrindo 12 para a faixa de descenso. A salvação alvirrubra pode ser sacramentada diante do Coritiba, na quarta-feira, no Paraná.
Neste domingo, o ímpeto imposto pelo Verdão com marcação sob pressão nos primeiros minutos gerou um contra-ataque que Kieza colocou nas redes, aos 14 minutos do primeiro tempo. Na sequência, o Palmeiras não teve nada além de vontade e ainda perdeu um jogador com a expulsão de Thiago heleno aos 18 minutos.
O jogo – Sem Mauricio Ramos, Henrique e Daniel Carvalho, suspensos, Marcos Assunção, Valdivia, Correa, Maikon Leite, Wesley, Fernandinho e João Vitor, machucados, e Barcos, à disposição da seleção argentina, Gilson Kleina apostou em uma escalação ofensiva. E conseguiu o que queria nos primeiros minutos: marcação sob pressão.
Com Leandro Amaro na zaga ao lado de Thiago Heleno, a maior surpresa veio no meio-campo formado por Márcio Araújo e João Denoni na saída de bola para Tiago Real armar e Mazinho abrir espaço e tabelar com os laterais, assim como Luna, em busca de Obina.
Mais do que o plano tático, a atitude inicial palmeirense foi decisiva. O Náutico nem pode usufruir do toque de bola de seu meio-campo com Martinez e Rogério. Ambos, na verdade, até erravam passes demais, como todos os seus colegas, já que ninguém com camisa alvirrubra conseguia dominar sem um adversário na sua cola, forçando o desarme.
Com essa postura, o Verdão foi criando chances. Logo aos dois minutos, Luan chutou em cima de Felipe. Aos sete, Obina acertou Jean Rolt, e o substituto de Barcos ainda desperdiçou outra grande oportunidade ao girar na grande área e Ailson salvar em cima da linha do gol.
Parecia que a abertura do placar a favor dos paulistas era questão de tempo. Mas o Náutico mostrou que não precisava de tantas chances para fazer gol, ainda mais com uma zaga como a do Palmeiras. Aos 14 minutos, Mazinho gerou contra-ataque ao chutar a bola em cima de um adversário e logo ela estava do outro lado do campo, com Araújo ajeitando para Kieza deixar Thiago Heleno no chão e fazer 1 a 0.
Na tentativa de manter seu ímpeto, o Palmeiras ainda conseguiu criar outra grande oportunidade tocando a bola no campo de defesa do Náutico até Juninho, completamente livre na área, chutar muito mal diante de Felipe, aos 18 minutos. Foi a última oportunidade de perigo dos visitantes nos Aflitos.
Nos 28 minutos seguintes, o que se viu era o Verdão, completamente nervoso, criar contra-ataques para o adversário, principalmente em seguidos chutes de Mazinho e Luan sobre algum defensor rival. Araújo logo percebeu e estava sempre posicionado para receber a bola no ataque, sendo parado só com falta por Thiago Heleno e Leandro Amaro.
Na volta do intervalo, o técnico Alexandre Gallo tratou logo de ter o jogo totalmente nas mãos reforçando a marcação com a entrada de Josa no lugar de Rogério, apostando ainda mais nos contra-ataques que continuavam acontecendo. Com dez minutos de segundo tempo, Bruno já havia salvado chute de Araújo e Rhayner tinha acertado a trave.
Para aumentar o desespero palmeirense, aos 18 minutos, Thiago Heleno, mais uma vez, precisou fazer falta para parar Araújo e foi expulso. O cartão vermelho e quase meia hora em campo com um a menos não deixou ao Palmeiras nenhuma alternativa além de correr e tentar sobreviver com alguma garra.
O time, porém, poderia até mostrar algum alívio por não ter sofrido mais nenhum outro gol do Náutico, até porque a equipe pernambucana diminuiu o ritmo, ciente de que os três pontos estavam garantidos. Pior para o Palmeiras, com dificuldades para sair de um caminho que o aproxima da segunda divisão.

Fonte: Gazeta Net

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