Suplicy chora no Senado por condenação de Genoino
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) chorou (foto) ontem, 10, na tribuna do
Senado ao ler a carta em que Miruna Genoino, filha do ex-presidente do
PT José Genoino, protesta pela condenação de seu pai e afirma que ele
lutará até o fim pela defesa de sua inocência. Ex-deputado, Genoino foi
condenado por corrupção ativa pela maioria dos ministros do Supremo
Tribunal Federal no processo do mensalão. Ele assinou empréstimo do
Banco Rural utilizado para abastecer parte do esquema.
Na carta divulgada nas redes sociais, Miruna diz que Genoino "não ficará
de braços cruzados aceitando aquilo que a mídia e alguns setores da
política brasileira querem que todos acreditem". Suplicy disse que ficou
emocionado pelo desabado da jovem. E Suplicy, que iria inicialmente
subir à tribuna para falar sobre a revolução constitucionalista de 1932,
terminou por intermediar a leitura da carta com a tentativa frustrada
de conter o choro. "Foi uma condenação muito dolorosa para nós do PT",
alegou. "Avaliamos, tanto no caso de João Paulo Cunha, José Dirceu e
Delúbio Soares, que eles não cometeram faltas graves, mas eu respeito a
decisão do Supremo".
O senador acredita que os petistas devem aprender "a lição" com o episódio do mensalão. Quanto à participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo, Suplicy disse que o próprio Lula lhe assegurou, mais de uma vez, que não sabia e nem participou do esquema. "Tantas vezes, o próprio Lula me afirmou que não sabia desse procedimento, que eu não tenho razões para não acreditar nele", defendeu. "Ele sempre afirmou que não ocorreu o mensalão".
Suplicy disse que também se "emocionou" quando teve de encarar a condenação de outros colegas de partido, citando especificamente João Paulo Cunha, Delúbio Soares e José Dirceu. Ele negou a predileção por Genoino, apesar de reconhecer que o ex-guerrilheiro "teve uma história de luta muito forte pela democracia". "Fiz o registro também por todos eles, é uma história de muito sofrimento para nós do PT". O senador lembrou que todos os acusados de envolvimento no esquema do mensalão tiveram os melhores advogados do País para defendê-los. Contou, em seguida, que correu o risco de levar uma bronca da direção do PT quando assinou o requerimento para criação da CPMI dos Correios, que investigou o escândalo de utilizar dinheiro público para pagar deputados, em troca do apoio ao governo. "A direção do partido ficou brava comigo, mas não recebi nenhuma sanção, porque depois teve a entrevista do Roberto Jefferson", afirmou, referindo-se ao relato do mensalão feito pelo então deputado, presidente do PTB. (Estadão)
O senador acredita que os petistas devem aprender "a lição" com o episódio do mensalão. Quanto à participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo, Suplicy disse que o próprio Lula lhe assegurou, mais de uma vez, que não sabia e nem participou do esquema. "Tantas vezes, o próprio Lula me afirmou que não sabia desse procedimento, que eu não tenho razões para não acreditar nele", defendeu. "Ele sempre afirmou que não ocorreu o mensalão".
Suplicy disse que também se "emocionou" quando teve de encarar a condenação de outros colegas de partido, citando especificamente João Paulo Cunha, Delúbio Soares e José Dirceu. Ele negou a predileção por Genoino, apesar de reconhecer que o ex-guerrilheiro "teve uma história de luta muito forte pela democracia". "Fiz o registro também por todos eles, é uma história de muito sofrimento para nós do PT". O senador lembrou que todos os acusados de envolvimento no esquema do mensalão tiveram os melhores advogados do País para defendê-los. Contou, em seguida, que correu o risco de levar uma bronca da direção do PT quando assinou o requerimento para criação da CPMI dos Correios, que investigou o escândalo de utilizar dinheiro público para pagar deputados, em troca do apoio ao governo. "A direção do partido ficou brava comigo, mas não recebi nenhuma sanção, porque depois teve a entrevista do Roberto Jefferson", afirmou, referindo-se ao relato do mensalão feito pelo então deputado, presidente do PTB. (Estadão)
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