Estudo internacional encontra 21 genes ligados ao colesterol
Grupo de mais de 180 cientistas analisou dados de 190 mil pessoas.
Descoberta pode ajudar a desenvolver novos tratamentos.
Um grupo de mais de 180 cientistas publicou no "American Journal of
Human Genetics" o que consideram ser o maior estudo internacional de
genética já feito sobre colesterol.O trabalho identificou 21 genes diferentes ligados a esse tipo de gordura no sangue, o que pode ajudar a identificar novos alvos para tratamentos que visam reduzir os riscos associados ao problema, como doenças metabólicas e cardiovasculares – uma das principais causas de morte e invalidez no mundo.
O consórcio de 180 cientistas de três países diferentes foi liderado por Brendan J. Keating, do Centro de Genômica Aplicada do Hospital Infantil da Filadélfia, nos EUA, e Fotios Drenos, do Instituto de Ciências Cardiovasculares da University College de Londres.
O consórcio analisou dados genéticos de mais de 90 mil pessoas de ascendência europeia. Na primeira parte, os autores usaram o CardioChip para descobrir um conjunto de dados de mais de 65 mil indivíduos analisados em 32 estudos anteriores. Eles, então, procuraram avaliar outros 25 mil voluntários. Além disso, foram usadas informações prévias de mais 100 mil pessoas.
A partir daí, o trabalho conseguiu identificar os 21 genes associados ao chamado colesterol ruim (LDL), ao colesterol bom (HDL), ao colesterol total e aos triglicérides. Também foi possível verificar 49 sinais genéticos já conhecidos – algumas variantes eram mais comuns em homens e outras, em mulheres.
Além do Hospital Infantil da Filadélfia e da University College de Londres, participaram do levantamento o Centro Médico Acadêmico (AMC) de Amsterdã e o Departamento de Cardiologia do Centro Médico Universitário em Utrecht, ambos na Holanda. Mais de 30 organizações e agências financiaram esse trabalho.
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