Fim do conflito dos Munduruku com a Policia Militar em Jacareacanga
Terminou
o impasse dos Munduruku, depois da chegada do secretário de Estado de
Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, onde o mesmo
ouviu com clareza as reivindicações dos índios Munduruku.
A recepção do povo indígena a comitiva
do secretário foi calorosa e obedeceu a um ritual cultural realizado na
Praça Cristina Ribeiro por mais de 300 guerreiros, onde na ocasião
crianças da tribo reivindicavam através de cartazes seus pedidos
cobrando justiça das autoridades presentes no caso do assassinato do
indígena LELO AKAY de 32 anos morto com 21 facadas, pois não é o
primeiro caso que ficou sem respostas por parte da policia aos
familiares das vitimas que segundo algumas lideranças, não aguentam mais
o descaso da policia em fazer vista grossa para esse tipo de crime e
deixar os assassinos e traficantes soltos para comercializar as drogas
na cidade.
As reivindicações dos Munduruku,
levaram a 15 pedidos feitos através de uma Carta Aberta entregues em
mãos pelos coordenadores do movimento ao secretário, uma das cobranças
eminente era uma resposta imediata ao assassinato de Lelo Akay, e que os
culpados fossem julgados no Fórum de Justiça de Jacareacanga.
Outra de muitas reivindicações seria a
construção de uma delegacia de policia Civil para coibir a pratica dos
criminosos e a entrada de Drogas na cidade, uma vez que as comunidades
indígenas estão sendo assediadas por essa pratica imposta pelos
traficantes.
O secretário de segurança de estado,
ele levará em mãos as reivindicações ao governador Jatene, e adotará
providencias para atender aos pedidos dos indígenas e que no prazo de 15
dias será iniciado a construção da nova delegacia, assim garantiu o
secretário, mas com uma ressalva dos índios, eles ficarão aguardando o
inicio das obras, caso haja descumprimento do acordo pelo governo, eles
voltarão com mais força.
FF – Na
minha visão, o que os índios fizeram nesses dias, na verdade eles nos
deram uma aula de cidadania e respeito aos bons costumes para com uma
sociedade participativa na exigência de seus direitos, ou seja, eles
fizeram o que nós brancos não temos coragem de fazer, exigir uma policia
honesta e que garanta mais segurança para todos.
Quanto
aos reféns, devo acrescentar que em conversa com eles, afirmaram que
não eram reféns e em nenhum momento eles foram ameaçados e hostilizados
pelos índios, pois eles se sentiam convidados apenas para permanecer na
cidade até ser resolvida a situação, disse Dr. Ednaldo, delegado de
policia civil e o Dr. Sostenes, procurador da Funai.
Fonte: Blog Faro Fino
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