Rio +20: Que podem estas crianças esperar disso tudo?
Que podem esperar estas crianças do interior da Amazônia de mais uma conferência
mundial sobre meio ambiente? No Rio de Janeiro houve a ECO-92, agora a Rio +20.
Entre uma e outra, tantos encontros sobre os mesmos temas. Em 20 anos, a
situação dos pobres da Amazônia continua igual: abandonados, a despeito de
algum programa de ajuda e incentivo, como as bolsas do Lula. É pouco!
Rio+20: Só 4 de 90 metas ambientais têm avanço
Foto: MDutra, Cuipiranga, município de Santarém, Pará
Enquanto for hegemônica a noção de que o meio ambiente é
algo separado do meio humano, elas não terão futuro. O capital fala em
desenvolvimento sustentável. Ora, sustentável para o capital. Há muitos
discursos que demonstram a impossibilidade de um meio
ambiente sadio sem a inclusão dos pobres que nele habitam e trabalham.
Mas, a questão: estes discursos são e serão ouvidos na Rio+20? Até
agora não foram.
Mundo limpo, Planeta sadio são coisas que jamais existirão
sem que se ponha um fim à miséria e à exclusão de milhões. Falar de meio
ambiente, de desenvolvimento sustentável, e, agora, em economia verde, são
conceitos que trazem consigo inúmeros sentidos. Cuidado, pois, com eles.
Leia a seguir:
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Apenas quatro dos 90 objetivos ambientais mais importantes
acertados nos últimos 40 anos tiveram avanços significativos. O número é
inferior ao de objetivos que tiveram retrocesso: oito no total. Outros 40
registraram poucos avanços e 24 praticamente não apresentaram nenhum progresso.
Além disso, 14 não puderam ser avaliados devido à falta de dados mensuráveis.
As informações são da quinta edição do relatório Panorama Ambiental Global, do
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Jornal da Ciência/EcoAgência
No momento em que o mundo negocia um novo acordo sobre
desenvolvimento sustentável, a ser assinado na cúpula Rio+20, a ONU afirmou que
apenas quatro dos 90 objetivos ambientais mais importantes acertados
internacionalmente nos últimos 40 anos tiveram avanços significativos. O número
é inferior ao de objetivos que tiveram retrocesso: oito no total. Outros 40
registraram poucos avanços e 24 praticamente não apresentaram nenhum progresso.
Além disso, 14 não puderam ser avaliados devido à falta de dados mensuráveis.
As informações constam da quinta edição do relatório
Panorama Ambiental Global, o GEO-5, divulgado no dia 6 de junho pelo Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Segundo o órgão, houve avanço
significativo nos objetivos de erradicação do uso de substâncias nocivas à
camada de ozônio, eliminação do uso de chumbo em combustíveis, ampliação do
acesso a fontes de água potável e aumento das pesquisas sobre a poluição dos
mares.
Mas os esforços para o combate às mudanças climáticas e para
a preservação dos estoques pesqueiros, por exemplo, praticamente não deram
resultado. E a proteção dos recifes de corais teve retrocesso - desde 1980,
eles sofreram redução de 38%.
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