Promotora quer prisão da presidente do Sintepp
Professores decidiram manter a greve em assembleia realizada ontem (7) (Foto: Jaime Souza)
A promotora de Direitos Constitucionais
do Estado, Graça Cunha, entregou ao delegado geral do Estado, Nilton
Athaíde, na noite de ontem (7), um documento solicitando abertura de
inquérito policial contra a presidente do Sintepp, Conceição Holanda,
por desobediência à ordem judicial. O delegado geral recebeu a solicitação e
deve encaminhar o pedido para a Divisão de Investigações e Operações
Especiais da Polícia Civil (DIOE), ainda na manhã de hoje, para
providências. Quem deve onduzir o caso é o delegado e diretor da DIOE,
Neyvaldo da Silva.
Procurada pela reportagem do DOL,
Conceição Holanda, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Publica do Pará (Sintepp), diz não estar surpresa com o posicionamento
da promotora. “Nas mesas de conciliação, ela sempre se colocou contra a
nossa categoria. Isso prova que o Ministério Público não está tentando
resguardar o direito do aluno em busca de melhores condições nas
escolas, menos violência e melhores salários aos professores; o
Ministério Público está apenas resguardando o interesse do Estado”.
Conceição Holanda ressaltou ainda que,
assim que tudo for decidido em relação a greve, o Sintepp oficializará
uma denúncia contra a promotora Graça Cunha. “Greve não é crime; o maior
pecado é o Estado não pagar o piso nacional aos professores”, diz a
presidente do Sindicato. “Nossa assessoria jurídica vai pedir habeas
corpus preventivo e cuidar para que esse caso seja solucionado. A greve
vai continuar”.
O Sintepp solicitou audiência, para
amanhã (9), com o secretário de Estado de Educação, Nilton Pinto, e a
secretária de Estado de Administração, Alice Viana. Os professores
também programam um ato público para acontecer às 8h30 desta
quarta-feira, em frente á Secretaria de Educação (Seduc). (DOL)
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