O plano bicolor não deu certo




O resultado não foi bom, mas pelo menos ainda mantém o Paysandu vivo na briga por uma vaga na Série B do Campeonato Brasileiro da próxima temporada. O empate em 1 a 1 com o Luverdense, ontem à noite, em Lucas do Rio Verde (MT), foi consequência de um jogo em que os visitantes dominaram a maior parte da partida, no entanto, mais uma vez, não aproveitaram as oportunidades criadas e nem mesmo a superioridade numérica. O Papão segue na segunda colocação, com quatro pontos, enquanto os mato-grossenses permanecem em último, com um ponto, mas com quatro jogos a cumprir.

Com a maioria das jogadas trabalhadas pelo lado direito, o Paysandu pressionou os donos da casa desde o início do jogo. A primeira chance do Papão saiu aos 8 minutos dos pés de Cláudio Allax, que chutou forte, mas a bola desviou no zagueiro Cleber e quase enganou o goleiro. Já aos 14, depois de levantamento para a área, o zagueiro Leandro Camilo quase marcou de cabeça. A resposta do Luverdense foi crucial. Em cobrança de falta, a bola foi levantada para a área bicolor e o zagueiro Cleber Carioca, sozinho, desviou de cabeça para abrir o placar, aos 29 minutos. Os bicolores só conseguiram dar o troco do mesmo modo no final da primeira etapa, quando o atacante Heliton sofreu pênalti, após passar pelo goleiro Tiago Volpi. A falta, aliás, resultou na expulsão do camisa um do time mato-grossense. Fábiou Gaúcho foi para a cobrança e deixou tudo igual.

Na saída para o intervalo o árbitro Felipe Gomes foi agredido por integrantes da comissão técnica do Luverdense, revoltados com o lance da penalidade, porém ninguém mais foi expulso. Com um jogador a mais, o Paysandu assustou em dois lances seguidos, logo no minuto inicial do segundo tempo: primeiro com Heliton, depois com Rafael Oliveira, que acertou a trave. Depois disso a equipe alviceleste, mesmo com maior volume de jogo, diminuiu o ritmo. Os donos da casa ficaram mais presos ao campo defensivo, mas saíam rápido para contra-atacar quando os bicolores vacilavam no ataque e demoravam a recompor o time.

Agora, para conseguir o tão sonhado acesso, o Paysandu precisa torcer por outros resultados e, provavelmente, vencer a última partida contra o América (RN), fora de casa, além de ganhar o Luverdense em Belém.
SITUAÇÃO DO GRUPO

O Paysandu manteve a 2ª posição, agora com quatro pontos, mas com quatro jogos disputados. Com isso, a disputa pelo acesso embolou, com só o CRB comemorando, já que tem dez pontos na 1ª posição e só precisa de um empate para coroar o acesso. Veja tabela na página 7.
Tinha tudo pra dar Papão...

Ainda no final do primeiro tempo da partida, o goleiro Tiago Volpi, do Luverdense (MT), foi expulso por ter cometido pênalti em Heliton, no lance que em seguida resultaria no gol de empate do Paysandu. A superioridade numérica, no entanto, não foi aproveitada pelos bicolores, que na etapa final diminuíram o ritmo de jogo e produziram bem menos, em relação aos 45 minutos iniciais. Além disso, segundo o técnico Andrade, o maior erro da sua equipe foi ter insistido nas jogadas pelo meio campo, que não deram certo.

Por outro lado, os donos da casa se fecharam na defesa e quase surpreenderam o time alviceleste nos contra-ataques, a exemplo do que aconteceu nas duas últimas partidas do Papão, contra o CRB (AL). Pela falta de competência do Paysandu na etapa final, Andrade reclama do comportamento do time. “Acho que no segundo tempo nós não soubemos tirar proveito da vantagem de ter um jogador a mais. O Luverdense esperou, se fechou e saiu rápido para o contra-ataque e nós começamos a afunilar o jogo, o nosso grande erro, quando deveríamos ter jogado pelas laterais do campo, mas nós não fizemos isso, insistimos pelo meio”, detalha o treinador, que destaca a rapidez na saída de bola dos mato-grossenses. “A nossa volta ao meio era muito lenta. Quando estávamos no ataque e perdíamos a bola, não conseguíamos voltar logo”, enfatiza.

Por não ter causado tanto perigo ao gol adversário, o comandante do Papão acredita que no primeiro tempo a equipe foi melhor. No segundo, de acordo com Andrade, o Luverdense soube tirar proveito da situação, quando o Paysandu que deveria ter feito isso por ter um jogador a mais. (Diário do Pará)

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