Confira o relato do repórter barrado na Curuzu



Dia 22, seria mais um dia na rotina do repórter Jorge Luis Rodrigues na busca por informações. Mas não foi. O jornalista setorizado do DIÁRIO, responsável pelas notícias diárias do Paysandu, no caderno BOLA, foi impedido de trabalhar. Ao tentar entrar na Curuzu, por volta das 17h, ele foi informado que a partir daquela data estava proibido de entrar no local. Não só ele, mas todos os jornalistas que trabalham no Grupo RBA (Rede Brasil Amazônia de Comunicação).
“Fui ao estádio para tentar falar com algum diretor ou jogador, mas não passei da entrada. Um dos porteiros disse que, por ordem do presidente, o grupo RBA estava proibido de frequentar a Curuzu”, relatou Jorge. Syanne Neno, coordenadora de esportes do Diário Online (DOL), Frank Souza, repórter da Rádio Clube do Pará, e Lino Machado, repórter da RBATV, também tiveram de dar meia-volta.
O repórter do DIÁRIO contou que ainda tentou contato com o presidente do Paysandu, Luiz Omar Pinheiro, para saber o que se passava. “Resolvi ligar para o Luiz Omar, mas um assessor dele atendeu e disse que o presidente não poderia me atender e, depois, retornaria a ligação. Esperei por mais de três horas, mas o presidente não ligou de volta. Então, voltei a tentar contato, mas o telefone só chamou e ele não atendeu”.
O Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará comentou a situação. “Repudiamos qualquer forma de retaliação à liberdade de imprensa. Nenhum presidente, de qualquer clube que seja, pode proibir que jornalistas trabalhem, muito menos de um grupo específico, se não teria que impedir todos. Ele quer esconder alguma sujeira de dentro do clube?”, questionou Sheila Faro, presidente do Sinjor-Pa, prosseguindo. “Ele precisa de uma boa justificativa para barrar, e não um desentendimento pessoal”, completou. O Sindicato encaminhará hoje uma carta à diretoria do Paysandu cobrando o direito dos jornalistas.
O Pará tem o seu cartola nefasto
Há muitas semelhanças entre o atual presidente bicolor e o ex-vascaíno, mas as igualdades ficam restritas ao comportamento impulsivo na condição de dirigente. Por quase uma década no comando do clube carioca, Eurico se envolveu em uma série de polêmicas, inclusive com a imprensa. Chegou a proibir a entrada da Rede Globo e da ESPN Brasil no estádio de São Januário, devido à sua insatisfação com o conteúdo crítico das emissoras.
Inspirado (ou não) em Eurico Miranda, Luiz Omar Pinheiro decidiu fazer o mesmo na Curuzu. No entanto, ao contrário do ex-presidente vascaíno, o mandatário do Papão não conquistou nada além de títulos estaduais e a antipatia do torcedor bicolor, que há muito tempo clama pela saída dele do comando do clube, uma vez que os resultados, mais uma vez, não apareceram e o time permanece no Brasileiro da Série C.
Em 2012, pelo sexto ano consecutivo, Luiz Omar Pinheiro, o único que manda e desmanda, demite e readmite, contrata e descontrata, vai tentar novamente o sucesso à frente do Paysandu, mas para isso ele precisa rever algumas atitudes para não encerrar seu mandato da mesma forma que Eurico saiu do Vasco: odiado, ridicularizado e culpado pelo insucesso vascaíno à época. Ainda há tempo de corrigir os erros.
PÉROLAS DO LOP
- MORAL PRO COSME
Segundo Luiz Omar Pinheiro, após a eliminação em Goianinha, seus maiores erros foram: a demissão do técnico Sérgio Cosme e a permanência de Roberto Fernandes na Terceirona. Aham...
- SE PAGASSE EM DIA...
“Pelas contratações que foram feitas, eu pensava que esse time ia passear no campeonato”. Com salário em atraso, presidente, nem com Messi ia ter passeio...
- A CULPA É DE QUEM?
Pernas de pau contratados sem qualquer critério, técnicos sem comando ou respaldo, jogadores que mandam e desmandam, salários atrasados, promessas não cumpridas... E a culpa é da imprensa. O presidente, coitadinho, é vítima...
(Diário do Pará, editada pelo DOL)

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