ASSEMBLEIA DE DEUS, Programação oficial do Centenário inicia amanhã

Centro de Convenções lotou para as homenagens


Se era para avaliar a capacidade de público, o novo Centro de Convenções, inaugurado ontem pela Assembleia de Deus, passou no teste. Nas estimativas da coordenação da igreja, quase 40 mil pessoas estiveram pela manhã no local, provocando um congestionamento na rodovia Augusto Montenegro, da área da Marinha ao Planetário próximo ao Mangueirão.

Foi o primeiro dos três grandes dias de celebração do Centenário da igreja . Além do centro, houve também a inauguração da avenida Centenário, ex-Independência, e por um curto espaço de tempo, Dalcídio Jurandir. A proposta de homenagem à igreja partiu do vereador José Scaff (PMDB) e teve aprovação unânime. “Há muito tempo os assembleianos tinham o sonho de denominar a avenida Independência como avenida Centenário. Através de um projeto meu, eles puderam inaugurar a avenida, que contribui para a história dessa igreja tão importante ao Pará”, disse o vereador.

Sob uma temperatura de 32 graus à sombra, fiéis de todas as partes começaram a chegar logo cedo ao Centro de Convenções.

Aviões da Esquadrilha da Fumaça homenagearam a celebração. Eram saudados com gritos de admiração. A emoção era tamanha que dezenas de pessoas foram atendidas pelas equipes médicas. “Pressão caía, motivada talvez pela emoção”, explicava uma enfermeira.

“É um dia de culto e de festa. A família cresceu”, recepcionava o presidente da Assembleia de Deus, Samuel Câmara, que foi um pouco mestre de cerimônia do evento que reuniu também autoridades políticas como o governador Simão Jatene, o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, e o prefeito de Belém, Duciomar Costa.
O governador chegou às 10h45, com a mulher Ana Jatene, e disse que não estava ali para falar, mas para ver e ouvir. “Vim ver a continuidade de um milagre de um século atrás".

Já o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, destacou o orgulho de participar da celebração. “Às vezes carecemos de boas notícias e de autoestima elevada. Hoje podemos dizer que daqui de Belém estamos propagando a paz”.

Atenta às manifestações, mas um pouco incomodada com os decibéis que costumam ser irradiados de cultos em Belém, a família dos pioneiros suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg era procurada com admiração pelos fiéis. O pastor Manoel Brandão, 82 anos, saiu de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, para acompanhar a festa. Como conhecera Daniel Berg pessoalmente, fez questão de cumprimentar Ann-Sophia, a neta de Daniel Berg. Emocionado disse que só por isso a viagem já valera a pena.


Museu inaugurado conta saga da igreja

Museu inaugurado conta saga da igreja (Foto: Marcelo Lelis)

Diversas autoridades prestigiaram a inauguração do Museu Nacional (Foto: Marcelo Lelis)

“Para mim é uma felicidade poder acompanhar nesta exposição a história da nossa igreja, uma história da qual eu também faço parte”, afirmou Xista Monteiro, 67, ao visitar pela primeira vez o Museu Nacional da Assembleia de Deus, inaugurado ontem, na rua São Diogo, no bairro da Campina.

Já o casal de primos Daniele e Wellington Dantas mostrou-se encantado com o acervo, que possui peças do início do século XX. A dupla veio da cidade de Picuí, na Paraíba, para acompanhar a programação do Centenário. “Já conhecemos a história da Assembleia de Deus, mas resolvemos vir a Belém para presenciar o início desta aventura pentecostal in loco”, afirma Wellington.

A ideia do museu foi alimentada pelo pastor Samuel Câmara desde 1994, quando foi construído o Museu Histórico da Assembleia de Deus, com um acervo discreto, no térreo do Templo Central. “A igreja vem guardando estes objetos ao longo dos anos. E com a proximidade do Centenário decidimos construir um espaço específico para este acervo”, conta o pastor Ruy Raiol.

O museu é dividido em cinco salas. A primeira é a solene “História da Assembleia”, onde estão em exposição objetos pessoais dos pioneiros, entre eles os baús dos missionários Samuel Nystrom e Nels Nelson e a bússola do barco Boas Novas.

O espaço “Mensagem de Vingren” convida o visitante a conhecer a história da Assembleia através de um mural e de objetos litúrgicos, como a jarra utilizada nos cerimoniais de ceia. Já a sala “Linha do Tempo” traça o desenvolvimento da igreja no Brasil desde 1911 até os dias atuais. A mostra atraiu cerca de 300 visitantes somente no primeiro dia.

CONVIDADOS

Os familiares de Gunnar Vingren e Daniel Berg e caravanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza e do interior do Pará marcaram presença no local, além de autoridades como o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho.
Diversas autoridades prestigiaram a inauguração do Museu Nacional (Foto: Marcelo Lelis)




A Assembleia de Deus está em festa. Durante a semana, vários eventos marcarão as comemorações do centenário de fundação da igreja, evento que receberá fiéis de várias partes do país. E na semana do aniversário, o DIÁRIO lança uma série de fascículos que contam um pouco da história do Pentecostes no Brasil e no Pará, Estado sede e fundador da religião no país.

Vindo de Aracaju, o aposentado Ronaldo Sérgio chegou na quinta a Belém com a mulher, para acompanhar a comemoração. “É um evento histórico”, diz ele, que também conheceu a publicação especial do DIÁRIO.

O pastor Rui Raiol, diretor do Museu do Centenário, é membro da Assembleia de Deus desde os 15 anos de idade. “Já acompanhei um terço dessa história” diz o pastor. Ele conta que ficou satisfeito com o primeiro fascículo editado pelo DIÁRIO, que tem como tema “Um século de transformação e fé”. “É um material excelente, que ajuda a democratizar a liberdade religiosa, além de contar a história da igreja de forma clara, sem preconceitos”, diz ele.

Para o aniversário, a expectativa é de que cerca de 20 mil pessoas passem pelo Estádio Olímpico Edyr Proença, o Mangueirão, a cada dia do evento, que acontece de 16 a 18 de junho. “Esperamos reunir um grande público, pois é um momento histórico e queremos que nossos fiéis participem dessa comunhão” diz o pastor Rui Raiol.

HOMENAGEM

A Câmara Municipal de Belém faz hoje sessão especial alusiva aos cem anos da Assembleia de Deus. Durante a sessão, os parentes de Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores da igreja, receberão os títulos de cidadãos de Belém in memorian. O pastor emérito da Assembleia, Firmino Gouveia, e o presidente da igreja no Pará, Samuel Câmara, receberão títulos de honra ao mérito. (Diário do Pará)

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