Marinor acusa Jader Barbalho de ter cometido crimes gravíssimos



A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) disse nesta terça-feira (19) que "não é fácil para pessoas de bem, honestas e que se pautam pela ética", ver políticos que "cometeram crimes gravíssimos" obterem atestado de bons antecedentes e retornarem ao cenário político como se nada tivesse acontecido. Ela se referia ao ex-senador Jader Barbalho, que poderá assumir o mandato no lugar dela por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Marinor lembrou das acusações feitas em 2000 pelo senador Antonio Carlos Magalhães, já falecido, sobre o envolvimento de Jader Barbalho nas fraudes da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), no desvio de recursos do Banco do Estado do Pará (Banpará) e pelas operações fraudulentas com os Títulos da Dívida Agrária (TDA).

- Corre em segredo de Justiça o Inquérito nº 2909, que apura o envolvimento de Jader Barbalho em crimes contra a ordem tributária. As denúncias nesse processo vão da sonegação no recolhimento de impostos como pessoa física e pessoa jurídica, até a entrega de declarações fraudulentas à Fazenda Estadual e à Receita Federal - afirmou.

A senadora disse que, segundo dados da Receita Federal, Jader Barbalho estaria devendo cerca de R$ 2,8 milhões ao fisco, resultante de uma série de artifícios para deixar de recolher o Imposto de Renda. Ela acrescentou que a Receita descobriu várias irregularidades, que vão da venda simulada de gado à existência de frigoríficos que não tinham nenhum registro contábil. Ela salientou que, em 2001, Jader Barbalho renunciou ao mandato de senador para escapar de processo investigatório que poderia levar à sua cassação, o que o tornaria inelegível por dez anos.

- Acrescento mais um fato à ficha corrida deste cidadão. O senhor Jader Barbalho omitiu na Justiça Eleitoral a propriedade de 50% da empresa de Rádio e TV Tapajós Ltda. Em 2001, Jader tornou-se sócio da empresa, localizada no município de Santarém. No documento de alteração contratual ele passou a ter 50% do capital. Desde então este documento permaneceu dentro de uma gaveta, não sendo formalizado na Junta Comercial do Pará. Obviamente, nada sobre o fato foi declarado para a Receita Federal ou para a Justiça Eleitoral - relatou.
Da Redação / Agência Senado

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