Polícia encontra vestígios de sangue no sítio de Bruno

A delegada Alessandra Wilke, que participa das investigações sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, disse nesta quarta-feira que foram localizados vestígios que podem ser de sangue no colchão de um dos cômodos do sítio do jogador em Esmeraldas (MG).

De acordo com a delegada, também foram localizados fios de cabelo. O material foi enviado para perícia, que vai compará-lo com o DNA de Eliza.

A delegada disse ainda que, ao voltar ao sítio hoje, o local estava "diferente" em relação a como foi deixado da última vez que a polícia esteve lá. A possível alteração no local será investigada pela polícia.

Sobre as buscas na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza, em Vespasiano (MG), o delegado Edson Moreira, chefe do departamento de investigações da Polícia Civil de Minas, disse que depoimentos revelaram novos indícios de que algo poderia ser encontrado no local.

"As buscas foram retomadas hoje porque foram ouvidas versões de testemunhas, suspeitos, mesmo que nas entrelinhas se negassem a dizer qualquer coisa, apareceram indicativos", afirmou Moreira.

De acordo com o delegado, restos de concreto retirados da casa de Bola, um capacete, uma "carteira da imprensa" e outros "objetos úteis para investigação" foram apreendidos e encaminhados para o instituto de criminalística.

Durante as buscas na casa de Bola, a polícia utilizou um aparelho chamado GPR --um radar de penetração que faz um raio-X em materiais como o concreto-- que foi fornecido pelo departamento de geologia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).


Bombeiros fazem buscas na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, em Vespasiano (MG)

DEPOIMENTO

A polícia ouviu novamente nesta quarta-feira o adolescente de 17 anos primo do goleiro que confessou ter participado do sequestro de Eliza. Ele revelou mais detalhes do crime, mas a polícia disse que não divulgaria as informações para não atrapalhar a investigação.

"Percebemos que realmente ele reserva a presença do Bruno, mas percebemos também, como investigadores, que a partir de um determinado momento certamente que o Bruno toma conhecimento e sabe do que esté acontecendo", afirmou a delegada Ana Maria dos Santos.

FAMÍLIA

Identificando-se como filha do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, Míndia Kely dos Santos disse na tarde de hoje em frente à casa em Vespasiano --onde a Polícia Civil procurou o corpo de Eliza-- que a residência não é local de extermínio. Ela afirmou que seu pai é inocente. Destacou ainda que o muro onde escrevaram "Bruno assassino" foi limpo por moradores que reconhecem a inocência de seu pai.

As buscas na casa do ex-policial foram retomadas na manhã de hoje. Santos está preso desde a semana passada por suspeita de participação no crime. Também estão presos o jogador e mais seis pessoas, além de um adolescente --primo de Bruno--, que está apreendido.

Ontem, a polícia realizou também buscas no sítio do goleiro, em Esmeraldas. O trabalho no local durou até a madrugada e contou com a presença de Sérgio Rosa Sales Camelo, também primo de Bruno e suspeito de participação no crime. A polícia não informou se foi encontrada alguma prova no sítio, mas as buscas devem ser retomadas ainda hoje no local.

A Defesa do jogador e de mais cinco pessoas indicadas como participantes do crime afirmou que deve pedir habeas corpus as grupo até o fim da semana. Segundo o advogado Frederico Franco, que trabalha na defesa deles, o inquérito possui mais de 1.500 páginas, que devem ser analisadas antes de ser dada a entrada no pedido de liberdade.



Fonte: Folha On Line

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