México chega fácil ao ataque e derrota a Itália pela primeira vez

A seleção do México ignorou o fato de encarar a atual campeã mundial e conseguiu uma vitória marcante nesta quinta-feira: 2 a 1 diante da Itália, em amistoso realizado em Bruxelas, capital da Bélgica. Graças a gols de Vela e Medina, os mexicanos superaram a Squadra Azzurra pela primeira vez em um duelo entre suas seleções principais. Anteriormente, foram dez jogos, com seis triunfos italianos e quatro empates.

O confronto desta quinta foi realizado no estádio do Rei Balduíno, anteriomente conhecido como Heysel, onde 39 torcedores italianos morreram em 1985, antes da final da Copa dos Campeões da Europa entre Liverpool e Juventus.

Desde o início, a partida entre México e Itália nem parecia se tratar apenas de um amistoso. Os jogadores não se intimidaram com o risco de lesão a oito dias do início da Copa do Mundo e disputaram com vontade todas as jogadas. Com isso, muitas faltas e oito cartões amarelos foram distribuídos. Pela Itália, Zambrotta, Marchisio e Bonucci foram punidos; pelo México, Perez, Hernandez, Salcido, Torrado e Blanco.

Rapidamente, o México passou a dominar a partida. Aos 16 minutos, o atacante Carlos Vela aproveitou um belo passe de Giovani dos Santos e, concluiu de primeira, balançando a rede adversária. Na comemoração, o jogador do Arsenal fez sinal de silêncio para a torcida, dominada por italianos. Após levar o gol, a campeã mundial não mostrou reação e sua defesa continuou permitindo que o rival chegasse com facilidade. Nos minutos finais, a Itália teve boa chance para empatar. Aos 45 minutos, o atacante Gilardino chutou forte, e o goleiro Perez garantiu a vantagem no placar.



No segundo tempo, o técnico Marcello Lippi lançou Pepe no lugar de Di Natale com o intuito de dar um pouco mais de movimentação ao meio-campo italiano. Mas o México teve mais sucesso substituindo Márquez por Barrera, que no primeiro minuto deu um chuto perigoso. Logo depois, um cruzamento de Vela deixou Hernandez de cara para o gol, mas ele furou, perdendo a chance de marcar. Aos 14 minutos, Vela caiu dentro da área e pediu pênalti. Mas o juiz belga Johan Verbist mandou seguir. A Itália respondeu em seguida. Gilardino colocou a bola na rede com um belo toque por cobertura, mas o gol foi anulado pela arbitragem, que alegou impedimento.

Aos 39 minutos, o México ampliou a vantagem. Medina, que veio do banco, soube aproveitar um lindo lançamento do veterano Blanco, 37 anos, e chutou forte diante de Buffon, sem defesa para o goleiro mexicano. Mas quando tudo parecia perdido para os italianos, a esperança renasceu aos 43. Bonucci aproveitou um rebote na pequena área e marcou. Não foi o suficiente para tirar a inédita vitória dos mexicanos.

O técnico Marcello Lippi optou por usar em Bruxelas a Azzurra que considera titular, com exceção de Camoranesi, se recuperando de um problema no joelho esquerdo. Para o jogo contra a Suíça, sábado, em Genebra, o treinador planeja escalar os reservas. Estes serão os únicos amistosos pré-Copa dos atuais campeões mundiais.

O jogo contra a Itália foi o último ensaio do México antes do Mundial da África do Sul. Os mexicanos, que estão concentrados desde 12 de abril, já disputaram partidas contra Bolívia, Nova Zelândia, Coreia do Norte, Islândia, Equador, Senegal, Angola, Chile, Inglaterra, Holanda e Gâmbia.

A partida desta quinta-feira lembrou a tragédia do estádio de Heysel, em 29 de maio de 1985, quando 39 torcedores morreram por conta de um choque entre torcedores do Liverpool e do Juventus antes da decisão da Copa dos Campeões. O pedido para jogar no estádio 25 anos depois do conflito partiu da Federação Italiana de Futebol. Jogadores e integrantes da Squadra Azzurra depositaram um coroa de flores no estádio antes da partida.

Itália 1 x 2 México:

Itália: Buffon, Zambrotta (Maggio), Bonucci, Cannavaro (Bocchetti) e Criscito; Pirlo (Palombo), De Rossi (Quagliarella), Marchisio e Di Natale (Pepe); Iaquinta e Gilardino (Pazzini).

México: Perez, Rodriguez (Moreno), Osorio e Rafael Márquez (Barrera); Aguillar, Salcido, Juarez (Guardado), Torrado e Giovani dos Santos (Medina); Hernandez (Blanco) e Vela.
Fonte: G1

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