LEÃO DERROTA PANTERA EM CASA

Uma vitória heroica, com cara de Leão. A Pantera não é mais carrasco do Rei da Selva, definitivamente. A vitória, por 2 a 1, de virada, em Santarém, no Barbalhão, foi mais um passo significativo rumo à Série D e, de quebra, garantiu a classificação antecipada do time remista à fase semifinal da Taça Estado do Pará.

Todos os gols, assinalados por Filho, para os anfitriões, e por Marlon e Marciano, para os visitantes, saíram no segundo tempo. Aliás, o primeiro tempo foi todo alvinegro. De fato, o São Raimundo foi mais objetivo. No entanto tinha um pecado claro: errava, em demasia, o alvo. Do lado remista, o meio-campo se posicionou de forma retraída e, como se não bastasse, errava passes.

O cenário forçava a pressão do Mundico e as consequentes intervenções de Adriano. Esporadicamente e já na reta final, o Remo chegou. Samir era um dos únicos lúcidos. No intervalo, explicações: “A intenção é jogar fechadinho mesmo, explorar o contra-ataque. Só falta acertamos o gol”, disse Adriano.

No intervalo, o treinador do Remo, Giba, deu um sacode na equipe. Pôs Didão e Marciano nos lugares de Gian e Patrick, respectivamente. Teoricamente, Samir retornaria ao setor de armação. O ‘sacode’ também foi utilizado pela Pantera. O técnico Flávio Campos tirou um lateral, colocou um meio-campo, caso do Pitbull, além de substituir um atacante por um meio-campo – Hélcio por Michel.

Sorte, competência e a prancheta de Giba funcionou, mais uma vez. O Remo evoluiu, criou com mais facilidade. Mas, futebol também é interessante pela imprevisibilidade. Embora superior, o Leão sofreu um susto. O zagueiro Filho fez o primeiro, aproveitando uma jogada de bola parada. Detalhe: o volante Danilo admitiu a sua culpa por ter deixado o adversário livre.

Porém, a postura azulina viria a salvar o pecado de Danilo. Marlon empatou, Marciano virou e o Remo poderia ter feito o terceiro, o quarto, o quinto, tamanha a facilidade... Não fez! Mas, a essa altura, o que valeu foram os três pontos! (Diário do Pará)