Sempre questionador quando foi barrado em sua carreira, atacante muda postura, adota discurso conciliador e diz entender as críticas da torcida

Rio - Quem imaginava um Dodô irritado, questionando sua presença no banco de reservas, se enganou. Diferentemente de outras épocas, o atacante admitiu que mereceu o afastamento, mas garantiu que não vai deixar de lutar um segundo sequer para recuperar o lugar no time e mostrar sua importância para o clube.

Dodô admitiu que esperava passar por essa situação, já que ficou praticamente um ano e meio sem jogar em função da punição por doping. O que surpreendeu o camisa 10 foi justamente isso ter acontecido depois de um início avassalador no Vasco que surprendeu o próprio atacante e também a comissão técnica.

“Esperava que esse período no banco fosse acontecer no início do ano e não no decorrer dele. Mas eu e todos por aqui temos de ver o que é melhor para o Vasco. Quero é ajudar, seja 15, 20 ou 90 minutos. Se hoje é melhor para o time eu ficar fora, tenho que torcer por quem está jogando e me dedicar muito nos treinamentos para recuperar o meu lugar”, disse.

Nos últimos jogos, Dodô foi extremamente hostilizado pela torcida vascaína, que no início do ano o havia abraçado. Para ele, as cobranças acontecem justamente pelo potencial que já mostrou. O artilheiro vascaíno afirmou que esse comportamento é completamente compreensível, principalmente após os dois pênaltis perdidos no clássico contra o Flamengo.

“Nunca aconteceu isso na minha carreira. Foi um fato inédito. Eles cobram porque sabem o que posso fazer. Tenho que entender, respeitar e fazer o meu trabalho”, explicou.

Mesmo com o momento ruim, Dodô afirmou que não é preciso se agarrar a algo específico para ajudar a dar a volta por cima. A solução é simples: colocar a cabeça no lugar e treinar: “Sempre que precisei, consegui mudar situações ruins”.

Responsabilidade grande para quem tem futebol de gente grande. E assim será de agora em diante no Vasco. Com apenas 17 anos, Philippe Coutinho é o novo cobrador de pênaltis em São Januário enquanto o capitão, Carlos Alberto, seguir afastado do time se recuperando de uma lesão, o que pode durar mais seis semanas.

O técnico Vagner Mancini revelou que tudo foi definido no vestiário antes do empate por 1 a 1 com o ASA-AL, na última quarta-feira, em Maceió, pela Copa do Brasi, quando Coutinho, de pênalti, fez o gol de empate vascaíno.

Mesmo com o Dodô jogando, o Coutinho é o nosso primeiro batedor com a ausência do Carlos Alberto. O Dodô ainda precisa entrar em fase de recuperação para voltar a ser o cobrador. Tem essa determinação em nosso vestiário. Temos um quadro e ali é anotado tudo. Apontamos pelo menos dois atletas que são bateadores. A partir do momento que não temos o primeiro, o segundo é quem vai bater. Qualquer dúvida, eles precisam reportar a mim, falou o comandante.
Fonte: O DIA

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