Tentando a reabilitação, Paysandu completa hoje 96 anos de história

O dia é de festa para quem torce para o Papão. Nesta terça-feira (2), novos e antigos bicolores se reúnem para aplaudir os 96 anos de fundação do Paysandu Sport Club com promessa de boas histórias. Em comemoração, diretoria, jogadores e convidados participam, às 20h, de uma solenidade na sede social do clube.



O time, que nasceu de uma reunião extraordinária no dia 2 de fevereiro de 1914, na casa de número 22 da rua dos Pariquis, em Belém, já reúne a maior quantidade de campeonatos paraenses conquistados e é um dos mais vitoriosos clubes do norte do Brasil.

Para relembrar, a história começa com Hugo Leão, um ex-dirigente do extinto Nort Club, que decidiu fundar um clube para bater o então Grupo do Remo, que vinha de sete títulos consecutivos no campeonato paraense. Ele chamou alguns amigos e oficializou o nascimento do que seria conhecido décadas depois como 'Bicho Papão'.

Formada a diretoria, vem a hora de escolher o nome e eis que os primeiros bicolores decidem homenagear a vitória da Marinha do Brasil durante a guerra do Paraguai. O nome Paysandu é uma alusão à cidade Paissandu, no Uruguai, onde foi decretada a façanha brasileira.

Tempos depois, aparece o estádio Leônidas Castro, a famosa Curuzu. Um simples terreno, gramado com somente uma arquibancada onde os torcedores, devidamente engravatados e com cartola, assistiram os primeiros jogos do, então, Paysandu Foot-ball Club.

Já em junho daquele ano, ainda com o time em formação, vem o primeiro campeonato e o primeiro embate contra os azulinos. O resultado custaria o título do Parazão. A partida terminou com o placar de 1 a 0 para o Remo.


O primeiro título bicolor viria seis anos depois, com o time formado por João Moraes; Genaro e Aristides; Xavier, Brito e Suíço; Leôncio, Astrogildo, Guimarães, Mimi Sodré e Arthur Moraes, que venceu o primeiro dos 43 títulos de campeão paraense do Paysandu. O Remo possui 42.

Além disso, na galeria de títulos e feitos do Papão, há grandes vitórias como a obtida sobre o Peñarol, que vinha embalado com o título de campeão mundial, por 3 a 1, na Curuzu, e mais recente, por 1 a 0, contra o argentino Boca Júniors, em plena La Bomboneira, estádio onde, entre times brasileiros, apenas o Santos, na época de Pelé, conseguiu vencer. Na ocasião, a disputa era por uma vaga nas quartas-de-finais da Libertadores da América.

Mas, se lembrar dos feitos já é motivo de orgulho para os alvi-celestes, recordar os títulos é sinônimo de euforia. Em 1990, o título de campeão paraense deu o direito de disputar a série B do brasileirão. Com destaque para o veloz Cacaio, um atacante rápido e certeiro, o Papão foi campeão brasileiro da série B em 1991.


Dez anos depois, em 2001, depois de outro título paraense, veio o Bi-brasileiro, e em seguida o de campeão da Copa Norte e o acesso à saudosa Copa dos Campeões, que, em 2002, teve o Paysandu como seu último vencedor.

Após anos de crise, o Papão, atual campeção paraense, busca o 44º título e a reabilitação depois da desclassificação vexatória do campeonato da Série C pelo Icasa (MA), com o placar de 6 a 1.

Para isso, o Papão enfrenta ainda o arquirival, Remo, para buscar a liderança do campeonato com a ajuda de jogadores experientes com a camisa alvi-celeste, como Sandro, Zé Augusto e Alexandre Fávaro, que podem usar a história para motivar jovens jogadores como Moisés e Cláudio Hallax para o clássico. A data da partida foi adiada pela Seel (Secretaria de Esportes e Lazer) pois o Mangueirão, estádio que vai sediar o jogo, ainda está em obras.

Enquanto isso, lá na rua do Pariquis, as coisas continuam calmas e serenas com o clima guerreiro que Hugo Leão, fundador do Paysandu, deixou no clube até os tempo de hoje.

Entenda a simbologia do escudo do Paysandu.



Redação Portal ORM

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