Parazão pode paralizar



O adiamento do clássico Remo e Paysandu pode paralisar o Campeonato Paraense. Foi o que cogitou o presidente do Paysandu, Luiz Omar Pinheiro, o primeiro a sair da reunião envolvendo dirigentes de clubes, representantes dos órgãos de segurança e a Promotoria de Defesa do consumidor ontem pela manhã na sede do Ministério Público em Belém.

Em razão de compromissos pessoais, Luiz Omar se reuniu, a portas fechadas, por um período superior a uma hora. De lá, saiu adiantando a notícia: “Não terá Re-Pa e eu não sei o que vai ser dos jogos”. Na última terça-feira (2), o Ministério Público vetou o Estádio Mangueirão para sediar jogos oficiais do Campeonato Paraense, alegando não-cumprimento de medidas de segurança por parte da Seel (Secretária de Estado de Esporte e Lazer).

A reunião de ontem seria para contornar a situação. Contudo, após um encontro com cerca de três horas de duração, Osmar Nascimento, da Polícia Militar, Daniel Rosas, do Corpo de Bombeiros, além de Helena Muniz, Promotora do MP, mantiveram-se irredutíveis, apesar das pressões.

Luiz Omar, diante da negativa, admitiu escassez de recursos financeiros para cumprir as exigências do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) inclusive para viabilizar obrasw no Estádio da Curuzu, cuja vistoria está programada para hoje.

“Eu não tiro a razão do Ministério, mas acredito que eles estão sendo rigorosos. Pelo Brasil há estádios piores”, defendeu. “A Curuzu caminha, a passos largos, para ser fechada também”, continuou. ”Não sei como vão ficar os jogos porque não vai ter estádio nenhum. Eu penso que o Paysandu pode jogar pela Copa do Brasil em Currais Novos”, finalizou, referindo-se ao interior do Rio Grande do Norte.



DO CONTRA PM e bombeiros endossaram veto final do Ministério Público



A promotora Helena Muniz deu entrevista e deu o veredicto por volta das 12h30: “Não é possível ser realizado (o Re-Pa) no Mangueirão. Não haverá o jogo porque o Ministério Público precisa dos termos de ajustamento de conduta firmados e por questões de segurança”, assegurou.

Segundo a defensora dos direitos do consumidor, a hipótese da recomendação ser contornada é nula. Inclusive o Mangueirão não será liberado com ressalvas de público. “Não tem como realizar. Não, não será liberado com restrições. O documento assinado é improrrogável, era a última data”, esclareceu, referindo-se ao terceiro aditivo do TAC, assinado em 4 de dezembro por representantes da PM, MP, Corpo de Bombeiros e Jorge Panzera, Secretário da Seel, com relação às adaptações do Estádio Olímpico do Pará. “A situação ficou insustentável. Os estádios têm que acatar as exigências dos órgãos de segurança, em respeito ao consumidor”, determinou Helena Muniz.

SEEL SE DEFENDE

No alvo das críticas ficou a Secretária de Estado de Esporte e Lazer (Seel), por não ter concluído as obras num tempo hábil. O seu titular, Jorge Panzera, defendeu-se: “É importante ressaltar: até agosto, estavam acontecendo jogos no Mangueirão”, frisou.

“Pela nossa legislação, é necessário processo licitatório. Para finalização das obras, a previsão da secretaria com as empresas é dia 28 de fevereiro”, completou ele.
Fonte Radio Clube do Pará

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