Fenômeno natural causa destruição e medo


Santarém - Na comunidade de Aninduba, região do Arapixuna, ação da natureza conhecida como ‘Terras Caídas’ está levando parte do solo do lugar. Cerca de dez famílias estão com suas casas em risco.

O que se vê no rio em frente à localidade são árvores e canoas levadas pela correnteza. Falta pouco para a água arrastar também as casas construídas próximas a margem. A correnteza do Amazonas está levando tudo o que encontra no caminho.

O fenômeno acontece todos os anos no período da vazante na região do Arapixuna, no entanto fazia muito tempo que a ação não deixava um rastro de destruição e medo como agora.

“A noite dá aquelas tempestades, a maresia muito forte por causa das embarcações que passam. Qualquer barulho parece que a terra tá caindo de novo.” Disse o professor Joaquim Andrade.

A força das águas do Rio Amazonas provoca o desprendimento das terras das margens, levando os barrancos para outros lugares. O resultado é o aparecimento de ilhas, faixas de areia no meio do rio. O fenômeno é conhecido como terras caídas.

Por 25 anos, uma escada de aproximadamente 80 metros foi o principal acesso à comunidade de Aninduba. No último fenômeno de terras caídas a força das águas arrancou mais da metade da construção além do trapiche.

“Uma vez que a nossa escada e o nosso trapiche já tinha caído imagina como é que fica o resto das famílias que estão na margem do rio na parte da frente.” Afirmou a secretária Lucimara Guimarães.

Na localidade moram oitenta e cinco famílias que vivem da pesca e da agricultura de subsistência. Muitas plantações foram destruídas pelas águas.

“Com a queda da terra foi embora o porto, um pequeno milharal, algumas bananeiras plantadas e o campo de criação dos animais. Tivemos muitas perdas.” Contou o agricultor Benuni Nogueira.

A Defesa Civil do Estado do Pará fez vistoria e concluiu que a situação é preocupante. A área é considerada de risco e deve ser interditada, mas como a maioria das famílias não se preparou para os imprevistos deste ano elas ainda permanecem no local e esperam que a natureza se acalme.




Fonte: NOTAPAJÓS

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