O adeus a Emano



Quero aquí através do blog, desejar muitas forças ao meu grande amigo Jota Parente e tambem minhas condolencias, pela perda recente de seu irmão Emano, que acaba de nos deixar.
Leia a matéria:
Emanuel Parente de Sousa, meu irmão, que a gente só chamava carinhosamente por Emano, morreu ontem, em Santarém, aos 54 anos, às onze horas da noite, de causa ainda não diagnosticada. Ele completaria 55 anos, no dia 25 de dezembro deste ano.

Emano ainda chegou a ser conduzido ao Hospital Regional do Baixo Amazonas, mas, morreu a caminho.

Ele era o quarto filho de Theotônio Leite de Sousa, já falecido, e Guiomar Parente de Sousa.

Era diabético e tinha dificuldade para controlar sua glicemia, o que o levou a ter um dedo do pé amputado há poucos meses.

Quando o visitei em sua casa, no Cipoal, há dois meses, ele estava bem animado. A taxa de gligose tinha baixado bastante, estava tomando cuidado com a alimentação e tomava medicamentos para controlar o diabetes. Mas, àquela altura, sua saúde já estava bem debilitada.

Ele esteve hospitalizado por diversos dias. Recebeu alta três dias antes de morrer.

Teimoso, nem sempre procurou recursos médicos quando precisou, e teve seu diabetes agravado com o passar dos anos, pela falta de paz no lar, que o acompanhou por muito tempo, o que foi lhe matando paulatinamente.

Dos doze filhos da prole de seu Tote e Dona Guiomar, dos quatro primeiros, três eram homens. Eu, Luis Alberto, que morreu no começo deste ano e Emano. A mulher é Lúcia, que é a segunda na ordem dos filhos.

Quando adolescentes, eu, Luis e Emano trabalhávamos juntos na roça quando papai não estava presente. Nas tardes de domingo, no campinho improvisado da frente da nossa casa, jogávamos a pelada pela qual a gente esperava a semana inteira. Recebíamos a visita de alguns colegas das redondezas, que completavam o número de jogadores para que o jogo pudesse acontecer.

Seu Tote, mesmo usar apito, sentado no batente de casa, era o árbitro. Por causa da presença dele, as confusões mal começavam e já terminavam.

Eu e o Luis não conseguíamos nos entender com a bola, pois não tínhamos nenhum talento. Já o Emano, além de ser muito voluntarioso, apresentava uma técnica razoável, bem diferente dos dois irmãos mais velhos. Isso o levou a jogar em equipes como o Palmeiras de São José, nos tempos em que aquele time era muito respeitado. Ele era canhoto e chutava forte.

Lembro bem de sua participação em uma Copa Rural, realizada pelo Movimento de Educação de Base (MEB), na primeira metade da década de 70. Ele saiu-se bem e foi até alvo de comentários positivos de torcedores que o viram jogar.

Emano partiu deixando uma lacuna muito grande na família Parente de Sousa, que ainda não tinha se recuperado direito da perda de Luis Alberto, para não falar das outras, que não faz tanto tempo assim que aconteceram.

Descanse em paz, meu irmão.

Publico este poster difícil para mim, num momento em que minha taxa de glicose tem estado elevada. O faço, em meu nome e em nome de minha querida mãe Guiomar, que tem sido muito forte para enfrentar tantos choques desse tipo, e em nome dos meus irmãos Lúcia, Olendina, Totinho, Paulo César, Giovana e Mário Jorge, além de toda minha família.

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