Presidente do Boto Tucuxi vê manipulação no Sairé

Em entrevista concedida a imprensa na tarde de ontem, o presidente do Boto Tucuxi, Edilberto Ferreira, reafirmou que houve fraude no resultado do Sairé 2009 e que o beneficiado foi o Boto Cor de Rosa, vencedor do festival. Essas e outras acusações já haviam sido feitas pelo dirigente do Tucuxi, por meio de uma carta que a assessoria de imprensa da agremiação enviou à imprensa na manhã de ontem. No documento, assinado por Edilberto, constam graves acusações contra a atual coordenação do Sairé, presidida por Marlison Hélio Vasconcelos Soares.

Para Edilberto Ferreira, a fraude começou a ser montada quando um dos membros do corpo de jurados foi substituído. “Foi exatamente esse jurado que, na segunda noite de apresentação, deu as notas baixas que derrotaram o Tucuxi”, diz um trecho da carta. Noutro trecho do documento, o dirigente do Tucuxi afirma que na sexta-feira, horas antes da primeira apresentação dos botos, diretores do Cor de Rosa foram vistos conversando com os jurados, no hotel onde estes estavam hospedados. “Isso aí eu vi pessoalmente” declarou Ferreira. Ele não sabe o que foi tratado no encontro, mas suspeita que tenha sido o favorecimento ao Cor de Rosa.
O dirigente do Tucuxi também afirma que a substituição do jurado foi solicitada pelo presidente do Boto Cor de Rosa, Nivaldo Coelho. “O presidente do júri o substituiu e colocou outro que derrotou o Boto Tucuxi na segunda noite”, ressalta Edilberto. Ele também denunciou a falta de regulamento para orientar os jurados, assim como cronômetro oficial, fichas para avaliação nem privacidade nas cabines. “O único material que existia era uma folha de papel almaço e canetas”.

Na carta distribuída, Edilberto critica os problemas que acarretaram prejuízos ao evento por conta da falta de seriedade na organização do Sairé deste ano. “A lamentável atitude trouxe sérias consequências para o evento, desestímulo em fazer algo de qualidade dada a inferior apresentação do boto rosa, a vulgaridade notada em alguns de seus coordenadores e por fim o descrédito do evento como um todo”, relatou, se referindo ao fato de os membros do júri terem sido levados pela coordenação antes da hora para o local das apresentações, sem nenhum comunicado ao grupo do Tucuxi.

Para ele, a festa do Sairé vem decaindo a cada ano desde que a coordenação chegou às mãos de Marlison Vasconcelos. “A situação é tão calamitosa, por desmandos da coordenação, que a festa foi embargada pela Justiça, mas graças ao renome do tenente Pinheiro, responsável pelos shows, o evento conseguiu ser realizado”, escreveu, acrescentando: “arbitrariedade, incompetência, muita farra e arrogância não faltaram na sua gestão”. Segundo ele, o que aconteceu com esse Sairé ficará como mancha inapagável da lembrança dos moradores de Alter do Chão que são usados na hora da decisão da coordenação do Sairé.

Para o presidente do Boto Tucuxi, a prefeitura tem que, imediatamente, retomar a coordenação da festa para salvar o Sairé. A reportagem tentou, durante toda a tarde de ontem, contato com Marlison Vasconcelos, mas o número do telefone fornecido dias antes por ele, permanecia na caixa postal.

O Cor de Rosa venceu por apenas um ponto de diferença. Para direção do Boto Tucuxi, jurados foram manipulados (Diário do Pará)

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