Botafogo pode perder até dez mandos de campo

O árbitro Rodrigo Martins Cintra até que aliviou na súmula, mas o Botafogo corre o risco de pagar pela ira dos seus dirigentes no empate em 3 a 3 com o Grêmio, no dia 30 de agosto (relembre o caso no vídeo ao lado). A Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) denunciou o clube pelo tumulto causado após o jogo, e, por isso, o Alvinegro será julgado na próxima terça-feira, podendo deixar de atuar no Engenhão no Campeonato Brasileiro. A informação é do site Justiça Desportiva.

Durante a partida, Rodrigo Martins Cintra deixou de marcar um pênalti a favor do Botafogo e ainda não assinalou uma saída de bola no lance do segundo gol do Grêmio. Depois do apito final, quando se dirigia ao vestiário, o árbitro foi cercado por dirigentes do Alvinegro, que foram contidos por policiais e seguranças do clube. Em seu relato, o juiz minimizou o incidente, mas a Procuradoria do STJD ofereceu denúncias nos artigos 211 e 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. O primeiro fala de deixar de fornecer infraestrutura necessária para garantir a segurança da partida, e o segundo trata de deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens.

A pena prevista para o artigo 211 pode significar a interdição do Engenhão, além de multa de até R$ 10 mil. De acordo com o artigo 213, o Botafogo pode perder até dez mandos de campo no Campeonato Brasileiro, além de pagar multa que vai de R$ 10 mil a R$ 200 mil.

Rodrigo Martins Cintra relatou da seguinte maneira na súmula os incidentes ocorridos depois do jogo entre Botafogo e Grêmio: 'Após o término da partida, ao descermos para o vestiário da arbitragem, fomos surpreendidos por pessoas não identificadas, as quais vieram em nossa direção para reclamar e questionar lances do jogo. Devido ao fato dessas pessoas estarem no local onde somente transitam pessoas autorizadas, faço este relato, sendo que informo ainda que os mesmos não conseguiram chegar próximos a nós (equipe de arbitragem) devido a intervenção de policiais e de dirigentes do Botafogo.'

Fonte: Globoesporte.com