Nova universidade paraense está quase pronta

Em março de 2010, a Universidade da Integração Amazônica (UNIAM) ou Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) receberá seus primeiros alunos. A transformação dos campi da UFPA e da UFRA, situados em Santarém, em uma instituição autônoma está em pleno andamento. Depois de propor um inovador projeto pedagógico para a formação de profissionais no Norte do País, o próximo passo é concluir as obras de infraestrutura e iniciar a contratação de professores e técnico-administrativos.

Até setembro deste ano, o projeto de criação da Universidade, já aprovado pelo Senado, também receberá o aval do Congresso Nacional. A partir daí, a UFOPA estará oficialmente criada e constituída como uma universidade independente e receberá a liberação para realizar concursos para compor seu quadro de pessoal. “Hoje, os dois campi têm 80 docentes e cerca de 50 técnico-administrativos. Até março, esses números terão, ao menos, duplicado por meio da realização de concursos. A UFPA nos ajudará na organização e realização dessas seleções que acontecerão até o final deste ano”, revela Seixas Lourenço, coordenador da comissão de implementação da nova universidade.

Simultaneamente, as obras da UNIAM serão totalmente concluídas até o final do primeiro semestre de 2010. “Com isso, em quatro anos, saltaremos de dois mil para 14 mil pessoas apenas no Campus de Santarém e teremos três outros campi e cerca de sete núcleos espalhados pelo oeste do Pará. O impacto disso, na região, será imenso”, assegura o coordenador.

Hoje, o Campus da UFPA em Santarém possui oito cursos de graduação e um mestrado multidisciplinar em recursos naturais e o Campus da UFRA possui uma graduação em Engenharia Florestal. Os primeiros calouros da UNIAM chegarão em março de 2010, mas ainda serão selecionados pelas universidades mãe. Por isso quem deseja ingressar na nova universidade deve ficar atento aos prazos de inscrição. A partir de 2011, os alunos da UFOPA serão selecionados pela nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Parceria - A UFPA é uma importante parceira no processo de estruturação da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) ou Universidade de Integração Amazônica (UNIAM). Além de ser a Universidade tutora, ela ajuda na realização dos concursos; media a realização das licitações para as obras de infraestrutura e seus pesquisadores colaboram na produção do material pedagógico a ser impresso com a colaboração da Editora e da Gráfica da UFPA para ser entregue aos futuros calouros.

Outra contribuição é o Projeto UFPA 2.0, que busca sistemas de alta tecnologia em transmissão de informação, os quais potencializam as possibilidades de educação a distância, otimizam e agilizam a administração pública e o gerenciamento de dados dentro da Instituição. Seixas Lourenço, coordenador da comissão de implementação da nova universidade, lembra, ainda, que “a UNIAM herdará da UFPA a excelência em pesquisas e programas de pós-graduação na Amazônia, os quais ajudarão a manter as duas instituições como colaboradoras no desafio de impulsionar o desenvolvimento regional”.

“A UFOPA propõe algo completamente novo sobre universidades. Essa é uma experimentação importante que servirá de aprendizado não apenas para a UFPA, mas também para todas as universidades, porque esse experimento pode ser o primeiro de muitos outros que o seguirão e que, certamente, irão melhorar a qualidade do ensino superior no País”, assegura Horácio Schnaider, vice-reitor da UFPA e coordenador da UFPA Multicampi.

Para a coordenadora do Campus da UFPA em Santarém, Marlene Escher, várias condições levaram a instituição a se tornar uma universidade independente. Entre elas, a vontade política de criar uma universidade no interior da Amazônia, a localização central e estratégica na região, o fato de ter um campus interiorizado que já oferecia vários cursos de graduação e um programa de pós-graduação e a existência de uma estrutura administrativa que poderia se tornar o embrião da nova instituição.

“A UNIAM representa um exemplo para todos os demais campi, especialmente para os mais distantes, como Marabá e Altamira. À medida que eles crescerem e se consolidarem, certamente, pretenderão se tornar universidades independentes. O Pará é um Estado imenso que comporta mais universidades e nossos campi, agora, sabem que isso é possível”, completa Horácio Schnaider. (Ascom/UFPA)

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