Mão Santa: "Nem os militares prejudicaram tanto os aposentados"

Os aposentados brasileiros enfrentam no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva perdas jamais observadas, nem mesmo durante o governo militar. A afirmação é do senador Mão Santa (PMDB-PI) que, na manhã desta sexta-feira (28), falou em plenário das inúmeras mensagens eletrônicas que chegam ao seu gabinete pedindo a aprovação de iniciativa capaz de restaurar o poder de compra dos benefícios previdenciários.

- Os militares que estiveram aqui tiveram mais vergonha do que o atual governo. Eles nunca fizeram isso, nunca roubaram os aposentados do Brasil e essa democracia de Luiz Inácio está roubando. E o Sarney teve uma mãe santa, a dona Kiola, que disse: meu filho, não deixe que persigam os aposentados. Sarney não meteu a mão no bolso dos aposentados... - disse Mão Santa, destacando o período em que José Sarney assumiu a Presidência da República.

No mesmo discurso, Mão Santa afirmou que é ilusão pensar que os velhos brasileiros não votam. Ele explicou que os aposentados podem até estar doentes e empobrecidos demais para votar, mas detêm um enorme poder de influenciar o voto de seus familiares.

O senador também afirmou que não desistiu de lutar pelos aposentados. Ele explicou que, apesar de integrar, desde fevereiro, a Mesa diretora da Casa, em nenhum momento abandonou os esforços em favor dos pleitos desses brasileiros.

- A maioria dos e-mails que recebo é sobre os aposentados. Eles acham que fui para a Mesa e abandonei a luta. Acham que assumi determinados compromissos com o governo. Muito pelo contrário, me sinto é com mais responsabilidade de avançar nesses pleitos.

Em aparte, Paulo Paim (PT-RS) disse que hoje já somam 26 milhões os aposentados e pensionistas brasileiros e que as caixas postais dos gabinetes dos senadores estão congestionadas de mensagens pedindo a extinção do fator previdenciário .

- É twitter, Orkut, e-mail, blog. Meu gabinete está entupido, todos fazendo uma legítima pressão via internet. A sua revolta, senador Mão Santa, é a revolta da população pela não definição de um fator real para o reajuste dos aposentados. - afirmou Paim.
Da Redação / Agência Senado