Jader pediu a Ana Júlia garantias de que se elegerá senador

Começam a surgir, aos poucos, os detalhes sobre a conversa de horas, na quinta-feira (13), entre a governadora Ana Júlia Carepa e deputado federal Jader Barbalho, presidente regional do PMDB.
E os detalhes podem ser resumidos assim: nem Jader, nem Ana Júlia acreditam que a aliança entre o PMDB e PT sobreviva até a eleição de outubro do próximo ano, na qual a governadora disputará a reeleição.
É claro que nenhum externou ao outro essa percepção. É claro que a governadora, como boa anfitriã, tratou o convidado com a cortesia e a delicadeza que o momento exigia. Mas é evidente que ambos, Ana Júlia e Jader, sabem que dificilmente seus partidos marcharão unidos.
Durante o almoço, Jader brindou Ana Júlia com uma lista de todos os cargos que o PMDB já perdeu no governo, desde o dia 1º de janeiro de janeiro, quando a governadora assumiu o cargo como a primeira mulher a governar o Pará.

“Cadê meus 30%?”
O PMDB, mostrou Jader, chegou a deter um naco de poder estimado em 30% no governo do Estado. Aos poucos, foi sendo enxotado, foi sendo empurrado, foi sendo rejeitado até chegar hoje a um quinhão que está muito longe de recuperar as condições iniciais.
Como reaver esse naco de poder? Agora está difícil. Primeiro, porque o relacionamento entre os dois partidos estará carregadíssimo. Segundo, porque o governo do Estado, para não ficar totalmente refém do PMDB, começa a recompor sua base, tentando atrair outros partidos, como é o caso do PP de Gerson Peres. E terceiro, porque o PT precisa saber quais são os trunfos do PMDB. E o PMDB, é claro, não vai mostrá-los por inteiro.
Pelo menos por enquanto.

O sonho de voltar ao Senado
Jader aproveitou o almoço para externar uma pretensão e apresentar uma, digamos, proposta.
A pretensão externada a Ana Júlia: ser candidato ao Senado na eleição do próximo ano. Esse, inquestionávelmente, é o sonho de consumo do deputado, que pretende encerrar sua carreira no Senado.
A proposta apresentada à governadora: ele pediu garantias de que, uma vez candidato ao Senado, será eleito. E para ter a garantias de que será eleito, não gostaria que o deputado federal Paulo Rocha fosse lançado candidato ao Senado pelo PT.
E a reação de Ana Júlia à pretensão e à proposta de Jader?
Ela mesma, mais do que ninguém, sabe que pessoalmente pode fazer muito pouco para atender o deputado.
Isso porque a deliberação será partidária. E no PT há um ditado que pode até não valer sempre, mas muitas vezes é seguido à risca: o partido é o partido, o governo é o governo.
E houve algum resultado concreto do encontro entre a governadora e o deputado?
A rigor, não.
Mas o almoço serviu, pelo menos, para reabrir o diálogo entre Ana Júlia e Jader.
É preciso aguardar, todavia, os próximos passos do PT e do PMDB.
fonte: blog Espaço Aberto.

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