Governo e CBF avaliam adoção do calendário europeu no Brasil

Rio - A CBF apresentará em 30 dias ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma proposta para adequar o calendário do futebol brasileiro ao europeu. Lula e Ricardo Teixeira avaliaram que, diante da resistência das emissoras de TV, será preciso definir a mudança, que passará ainda por um tempo de transição por conta dos contratos para transmissão dos jogos.

A mudança reduzirá as transferências de jogadores durante os campeonatos. O ministro do Esporte, Orlando Silva, que participou do encontro, disse que os detalhes da mudança serão discutidos a partir de agora. Com essa alteração, os clubes brasileiros entrariam em recesso no meio do ano, entre junho e agosto. Atualmente, o recesso ocorre no começo de dezembro e início de janeiro.

“Há argumentos favoráveis e contra a mudança no calendário. O fato é que algo deve ser feito. O presidente Lula pediu uma série de propostas para fortalecer os clubes e manter por mais tempo no Brasil os atletas”, disse o ministro

A mudança no calendário é criticada especialmente pelas emissoras de televisão. Orlando Silva disse que é preciso um ‘pacto’ envolvendo clubes, emissoras e governo. “Todos têm de sentar à mesa”, disse o ministro. Ele defendeu uma ‘Lei de Responsabilidade Fiscal dos Clubes’, com medidas para impedir a má utilização dos recursos financeiros.

Ricardo Teixeira já admitiu a possibilidade de mudar o calendário do futebol brasileiro. No entanto, o cartola reconheceu que alterações esbarram nos interesses comerciais da TV Globo, detentora dos direitos comerciais do Brasileirão.

“Toda vez que tem GP de F-1 em São Paulo não pode ter jogos. No carnaval do Rio também existe essa dificuldade. Há datas festivas no Nordeste que podem ser obstáculos também”, explicou.

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