Deputado do AM é destaque na mídia internacional

O caso do deputado estadual amazonense Wallace Souza, acusado de ser o mandante de assassinatos para aumentar a audiência de seu programa de TV e se livrar de criminosos rivais, é destaque na imprensa mundial nesta quinta-feira.

“Apresentador de TV brasileiro é acusado de comandar gangue criminosa mortífera”, diz a manchete do jornal britânico The Guardian, que destaca que a polícia de Manaus está reabrindo dezenas de crimes não solucionados depois que uma investigação de 12 meses ter sugerido que o deputado seria o chefe de uma gangue criminosa.

Na longa reportagem, o jornal destaca a imunidade parlamentar de Souza.

“Há histórias reais que podem superar o roteiro de cinema policial mais rocambolesco”, diz o diário espanhol El País, afirmando que este é o caso de Wallace Souza.

A polícia do Amazonas começou a investigar o deputado em outubro passado, e em buscas em sua casa, encontrou grande quantidade de dinheiro, munições e cartuchos de balas retirados de locais de crimes.

Audiência

A imprensa internacional destaca que os crimes foram cometidos para aumentar a audiência do programa apresentado pelo deputado – Canal Livre – em uma TV local de Manaus e diz que sua equipe de filmagem era sempre a primeira no local do crime, o que teria feito a polícia suspeitar.

Os jornais também comentam a prisão do filho de Wallace Souza, Rafael, acusado de ter participado de alguns dos assassinatos. Um ex-segurança do deputado teria dito à polícia que ele havia ordenado alguns assassinatos.

Na Coreia do Sul, o site de notícias The Chosun Ilbo afirma que, segundo as autoridades brasileiras, “as investigações mostram que Souza ou seu filho ordenavam os assassinatos e depois entravam em contato com a equipe de filmagem para avisar onde estavam as vítimas”.

O caso também foi notícia nos Estados Unidos, com o jornal San Francisco Examiner afirmando que Souza “permanece livre porque sua imunidade legislativa não permite que ele seja preso enquanto for deputado”, mas o jornal afirma que as autoridades judiciárias poderão decidir se vão levá-lo a julgamento.

A história também foi destaque nas redes de TV BBC, Sky News, CNN e ABC, além de jornais de Alemanha, França, Itália e América Latina.

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