Remo vence o clássico, mantém 100% e se isola na liderança
Um clássico RexPa disputado em pleno sábado (26) parece ter sido o único
ingrediente inusitado do confronto entre Remo e Paysandu, no
Mangueirão. Casa cheia, muita chuva e vibrações das arquibancadas, o
clássico 'Rei da Amazônia' foi o convite perfeito para a tarde do
paraense.
A chuva, inclusive, fez o jogo ser atrasado em 30 minutos para que as
condições do gramado do Estádio Olímpico do Pará melhorassem e que o
torcedor, 'preso' no trânsito, tivesse condições de ter acesso ao palco
do espetáculo.Quem foi ao Mangueirão não se arrependeu. Assistiu a um dos clássicos mais emocionantes da década no futebol 'papa-chibé'. Leão e Papão permitiram ao público um deleite de como realizar um dos jogos mais importantes do futebol brasileiro. O principal clássico da Amazônia terminou com o placar de 2 a 1 para os azulinos, com gols de Val Barreto e Leandro Cearense. Iarley descontou para o Paysandu. Porém, o consenso entre torcida, imprensa e jogadores é que o verdadeiro vencedor foi quem teve a oportunidade de vivenciar o RexPa de número 713. 1º tempo: brilha a estrela de 'Valotelli' – O jogo começou com a empolgação mesclada ao nervosismo. Os dois times trocavam passes e o Remo tentava com Berg, iniciar um precoce domínio no lado esquerdo. Porém, a primeira chance clara foi apenas aos quatro minutos, com o destaque do ataque do Papão, João Neto. O jogador recebeu passe em profundidade e chutou por cima, para o 'uh' da galera. O gol, no entanto, veio mesmo do lado esquerdo do Leão. Thiago Galhardo 'limpou' a jogada, ainda no campo de defesa, e esticou a bola para Fábio Paulista. O atacante recebeu, driblou o zagueiro Diego Bispo e cruzou com categoria para o camisa 9 do Remo, Val Barreto, que, com classe, testou para o chão e abriu o placar no Mangueirão, 1 a 0 Remo. A explosão das arquibancadas motivou o Leão a tentar esboçar uma pressão para marcar o segundo gol, mas o Paysandu também tentou surpreender. Rafael Oliveira teve a oportunidade, aos 12 minutos, mas chutou fraco da entrada da área para a fácil defesa de Fabiano. As propostas de jogo ficaram claras com o andar da carruagem. O Remo, na frente do placar, ficou à espera de uma brecha na defesa bicolor. O Papão, por sua vez, apostou no ataque habilidoso com Eduardo Ramos, João Neto e Pikachu, com jogadas rápidas. O zagueiro Henrique, do Clube do Remo, teve que sair mais cedo da festa. O defensor sentiu dores na virilha e foi substituído, aos 25 minutos, pelo zagueiro Mauro. As tentativas do Paysandu foram barradas pelo bom posicionamento da zaga remista que, com três zagueiros, pouco espaço dava em seu sistema defensivo, tendo o suporte, ainda, dos atacantes, que marcaram os zagueiros do Paysandu sob pressão. Os bicolores também tiveram uma baixa no primeiro tempo. O volante Esdras se chocou com o atacante Fábio Paulista e ficou no chão. O jogador pediu para sair e Vânderson entrou em seu lugar, mudando a característica do sistema de marcação do time de Lecheva. Aos poucos, a adrenalina foi diminuindo e as jogadas perigosas também, de ambos os lados do campo. Depois da marca dos 40 minutos, o Remo ainda tentou implantar velocidade no ritmo do jogo, mas o placar terminou mesmo em 1 a 0, deixando a torcida remista em festa nos 15 minutos de intervalo.
Cartões amarelos: Fabiano, Tony e Fábio Paulista (Remo); Ricardo Capanema (Paysandu) Local: Mangueirão (Belém-PA)
Hora: 16h
Árbitro: Dewson Fernando de Freitas
Assistentes: José Ricardo Guimarães Coimbra e Luís Diego Nascimento Lopes
Quarto-árbitro: Andrey da Silva e Silva e Benedito Pinto da Silva
Público: 41.603 (39.075 pag. e 2.528 cred.)
Renda: R$ 832.120,00 Felipe Saraiva / Carlos Fellip (Portal ORM)
Fotos: O Libera
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