Atoleiros atrapalham a vida de todos

Filas de veículos parados entre Altamira e Novo Repartimento (Foto: Odair Oliveira)
Enormes atoleiros, filas de caminhões e muita lama ao longo da rodovia. Nesta época são comuns as cenas de caminhões, ônibus e carros pequenos parados nos atoleiros do trecho da BR-230, a Transamazônica, estrada que liga o Sul ao Oeste do Pará.

O problema é uma herança de mais de 40 anos. Desde que foi construída na década de 70, a rodovia federal nunca foi tratada pelos governos como prioridade. As deficiências na infraestrutura dificultam a trafegabilidade.

Entre Novo Repartimento e Pacajá, trecho com cerca de 140 quilômetros, caminhões estão levando até sete dias para transpor os atoleiros. Cargas perecíveis como frutas e verduras originadas do Sul e Sudeste do país chegam aos supermercados de Altamira sem condições de serem consumidas.

O gerente de supermercado Fraldi Sousa conta que pelo menos 40% dos produtos que chegam têm que ser jogados fora por não apresentarem condições de consumo. Os que sobram ficam com valor alterado, o que resulta na reclamação por parte do consumidor que paga mais caro pelo produto.

Outro grupo prejudicado são os passageiros que precisam do transporte de ônibus para chegar à capital ou cidades próximas. Segundo o gerente da agência da Transbrasiliana em Altamira, Demivaldo Santos, é impossível colocar a nova frota de ônibus na estrada nesta época. “A empresa trocou a frota. É prejuízo colocar os carros nesta época. E quando chegar o verão, que conforto os passageiros vão ter com ônibus desgastados?”.

A rodovia Transamazônica começa no Nordeste, em Cabedelo, Estado da Paraíba, e vai até Lábrea, no Amazonas. São cerca de cinco mil quilômetros. Enquanto está no Nordeste, a BR-230 é asfaltada e alguns trechos têm pista dupla, mas quando entra no Pará, a rodovia se transforma em um imenso deserto. Parte da estrada na região de Altamira, Pacajá, Brasil Novo e Marabá já foi asfaltada, mas nunca os trabalhos terminam, o que acaba causando transtorno para quem precisa dela. (Diário do Pará)

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