Parazão: uma virada no apagar das luzes

Do jeito que as coisas estão encaminhadas, o futebol paraense tende a não sair do buraco. A dois dias do seu início, o Campeonato Paraense foi suspenso. Na tarde de ontem, o presidente do Tribunal de Justiça de Desportiva (TJD), André Silva de Oliveira, acatou a Ação Cautelar Incidental Inominada com Pedido de Liminar, feita pelo advogado do Castanhal, Hamilton Gualberto, suspendendo a primeira rodada que teria início no próximo domingo (17). Porém, a situação ganhou ares de reviravolta. O procurador e relator do TJD, Antônio Carlos Nascimento, cassou a liminar e, por volta das 22h, confirmou-se: a primeira rodada do Parazão está mantida. Uma confusão!

Os jogos entre Paysandu x Independente e Cametá x Águia de Marabá, domingo, além de Remo x Ananindeua, segunda-feira, e São Raimundo x Santa Rosa, quarta-feira, estão confirmados. Segundo uma fonte consultada pelo Bola, o relator pode cassar a liminar do presidente do TJD apenas em uma situação: quando o processo está em andamento. “O pessoal que faz essas cacetadas aí. Agora já tem o jogo. Isso abala o psicológico do jogador”, reclamou o presidente do Paysandu, Luiz Omar Pinheiro.

Por volta das 10h30, a reportagem do Bola localizou André Cavalcante, advogado do Cametá. “A Federação reconsiderou a decisão. Na verdade, o relator era a única pessoa que tinha competência. Foi um ato onde o presidente não tinha competência. Já havia sido nomeado um relator”, explicou.

A liminar impetrada pelo Castanhal pedia a suspensão do campeonato devido a suposta irregularidade da participação do Cametá na primeira fase do Parazão 2010, com a desistência do Pinheirense, já que a Federação Paraense de Futebol (FPF) teria feito um convite ao clube, o que contrariava o Estatuto do Torcedor. Por outro lado, a FPF, através do seu presidente, coronel Antônio Carlos Nunes de Lima, afirmou que a equipe entrou na competição por critérios técnicos.

Todos os clubes abriram o “bocão” pela decisão inicial e os prejuízos já estavam sendo contabilizados. O presidente do Remo, Amaro Klautau, por exemplo, disse que iria entrar com uma ação de ressarcimento contra os responsáveis pela, até então, suspensão do campeonato. A delegação do Águia, inclusive, já havia viajado para a partida contra o Cametá, assim como o Independente Tucurui, para o jogo contra o Paysandu. “A moça aqui do hotel (Paraíso) nos informou que a Federação havia cancelado a nossa estadia aqui. Ainda bem que os nossos dirigentes resolveram agir”, afirmou Samuel Cândido. (Diário do Pará)

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