Invicto no caldeirão argentino, Brasil vence e se classifica



Rosário (Argentina)

Luisão abriu o placar com cabeçada precisa
Diego Armando Maradona escolheu um estádio onde o Brasil nunca perdeu para o clássico deste sábado. No Gigante de Arroyito, em Rosário, a seleção comandada por Dunga derrotou a Argentina por 3 a 1, com gols de Luisão, Luís Fabiano (2) e Dátolo, classificou-se para a Copa do Mundo de 2010 e ainda complicou a situação da arquirrival.

Foi o terceiro jogo do Brasil no caldeirão argentino, após o empate sem gols na Copa do Mundo de 1978 e da vitória por 1 a 0 na Copa América de 1975. Para chegar a outro resultado positivo neste final de semana, a única seleção que já derrotou a Argentina no Gigante de Arroyito soube suportar a pressão adversária. No final, foram os brasileiros que gritaram "olé".

Com a primeira vitória sobre a Argentina como visitante em Eliminatórias, o Brasil passou a somar 30 pontos e garantiu vaga no Mundial com três rodadas de antecedência. A rival segue com 22 e em condição de risco. Na quarta-feira, os classificados brasileiros receberão o Chile em Salvador, enquanto os desesperados argentinos visitarão o Paraguai em Assunção.

O jogo - Maradona não tirou o sorriso do rosto ao subir ao gramado do estádio Gigante de Arroyito. Abraçou alegremente Kaká, de quem é fã, e acompanhou concentrado as vaias de seus compatriotas à execução do Hino Nacional Brasileiro. O barulho seria o mesmo a cada toque na bola da seleção de Dunga.

Talvez pela ansiedade, o árbitro colombiano Óscar Ruiz iniciou o clássico antes de 21h30. O meia Lionel Messi tentou assumir o status de protagonista a partir de então. Deu o primeiro chute a gol do jogo aos 11 minutos, para fora, e cobrou uma falta em cima da barreira. Maradona aplaudiu, satisfeito com a pressão de sua equipe.

Embora acuados no campo de defesa, os jogadores do Brasil não se mostravam intimidados. Agruparam-se para reclamar com veemência da arbitragem, que puniu Lúcio e Kaká com cartão amarelo. Já Robinho passou o pé sobre a bola em sua primeira oportunidade próximo da área, provocando os argentinos.

Aos 23 minutos, a ira argentina se transformou em lamentação. O ex-corintiano Sebá cometeu falta na intermediária. Elano cobrou com prescisão, e Luisão cabeceou a bola livre de marcação para abrir o placar. A expressão de Maradona, então, começava a mudar. O ídolo rival se descabelou à beira do gramado.

Não demorou para o Brasil ampliar a vantagem, novamente depois de uma falta batida por Elano. Aos 30, a bola desviou na barreira. Kaká ficou com a sobra e chutou rasteiro, mas Andújar defendeu. E o oportunista Luís Fabiano completou para as redes. As mãos de Maradona, agora, foram para a boca. O astro passou a roer as unhas.

Maradona entrou em ação no intervalo. Mandou a campo o seu genro, Agüero, no lugar de Maxi Rodríguez. Com a nova formação, a Argentina voltou ao ataque no segundo tempo. E conseguiu chegar ao gol desta vez. Aos 20 minutos, Dátolo arriscou chute de longa distância, acertou o ângulo e renovou as esperanças dos argentinos. Por pouco tempo.

Dois minutos depois, Kaká fez ótima assistência para Luís Fabiano. O centroavante avançou em velocidade e encobriu o goleiro Andújar: 3 a 1. A torcida argentina silenciou de vez. A brasileira começou a se fazer ouvir, "com muito orgulho e amor" e até gritos de "olé". Angustiado de novo, Maradona trocou Tevez por Milito.


Já Dunga fez as suas substituições com tranquilidade. Daniel Alves, Ramires e Adriano entraram nos lugares de Elano, Robinho e Luís Fabiano. Bastou ao Brasil, no entanto, administrar mais uma vitória sobre a Argentina no estádio escolhido por Diego Armando Maradona.

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